ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

- ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? - NÃO, SE PÁRAS, ESTÁS PERDIDO! Goethe



sábado, 28 de janeiro de 2012

E os feriados senhor!

Capa"Ainda ninguém do governo explicou porque a questão dos feriados está a ser tratada pelo ministro da economia, transportes,comunicações e emprego." José Medeiros Ferreira

Muito bem observado! Sendo esta uma questão de cultura e identidade nacional não se percebe porque está a ser tratada por alguém tido como estrangeirado e reconhecidamente pouco culto!

Isto é exemplar de como uma Nação está a ser vilipendiada por uma horda de neocons!

(Diferente seria se se tratasse de uma medida conjuntoral de emergência económica, tipo "suspender durante dois anos as comemorações de determinados dias").
PS - Para quem ainda não tenha percebido na alhada em que estamos metidos, recomendo a consulta do livro aqui exposto, em que o iluminado Álvaro assumindo o papel de criador do Universo discorre de como o moldaria à sua imagem - o drama foi terem-lhe posto na mão um boneco Vodoo com o formato de Portugal!

J. Edgar - Clint Eastwood no seu melhor!



Declaração de interesses:
1) Não sou comunista, nem anticomunista!
2) Sou heterossexual assumido mas recuso o chauvinismo sexual!
3) Gosto de cinema, já vi muitos filmes e sou um apreciador de Clint Eastwood!
4) A vida ensinou-me que com os cinzentos possíveis entre o branco e o preto, consegue-se ter todo o espetro cromático da vida!

Depois disto serei breve:
J. Edgar (Hoover) recentemente estreado em Portugal é um excelente filme e um ato de coragem cívica só possível em alguém, capaz de fazer sobrepôr as suas regras às da indústria!
Uma memorável interpretação de Leonardo di Caprio, que se diz ter abdicado do seu cachet corrente pela importância deste desafio.

O que me intriga são os comentários dos "críticos" de serviço da comunicação social portuguesa - no Público uma luminária tem a desfaçatez de insultuosamente dar uma estrela, em cinco, ao filme ( e os outros dois "cultos de serviço", dão 2 e 3 estrelas).

Nem só a pertença à maçonaria deveria fazer parte das declarações de interesses dos políticos e jornalistas...

Um belo filme, um grande realizador, vítima de uma conspiração de "forças ocultas", empenhadas em afastar da cultura o público que se deixa manipular por "atribuidores de estrelas".

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Salmo 118: falou então de uma nova época, que começava!

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“Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”.

10 anos depois!

Se soubessem que corriam risco de vida!


«Se soubessem que corriam risco de vida, os passageiros do Concordia teriam seguramente tentado impedir a decisão do comandante »

Prevenir a censura - a crónica da polémica!

“Em directo de Luanda, a RTP serviu nesta segunda-feira aos portugueses e ao mundo – eu vi aqui em Paris – uma emissão a que chamou ‘Reencontro’ e na qual desfilaram, durante duas horas, responsáveis políticos, empresários e comentadores de Portugal  e de Angola, entre alguns palhaços ricos e figuras grotescas do folclore local.
O serviço público de televisão tem estômago para muito, alguns dirão para tudo, mas o Reencontro a que assistimos desta vez foi um dos mais nauseantes e grosseiros exercícios de propaganda e mistificação a que alguma vez assisti. Há até propaganda comestível, quando feita com inteligência, mas nem sequer essa bitola foi conseguida, foi permitida, à emissão. A nossa televisão, a televisão paga por todos e que, de certo modo, é um pouco de cada um de nós, afectiva mas também politicamente,  foi a Luanda socializar com os apparatchik do regime, nos quais deveríamos reencontrar uma Angola irmã, uma Angola feliz, uma Angola nova.
Aconteceu o contrário. Reencontrei nesta emissão a falta de vergonha de uma elite que sabe o poder que tem e o exibe em cada palavra que diz. Não no conteúdo, mas no tom, seguro, simpático, veladamente sobranceiro. Aquela gente –  as divas, os engravatados, os socialites – são. ao mesmo tempo, a couraça e as lantejoulas de uma clique produzida pela história recente de um país que combinou uma guerra de 30 anos e uma riqueza concentrada, basicamente, no petróleo.
Oleocracia, chamou-lhe a socióloga francesa Christine Messiant, falecida faz agora anos, e que identificou como ninguém a natureza do poder de José Eduardo dos Santos, do MPLA, da Grande Família e das suas clientelas. Em poucas linhas, a clique angolana, em torno do Presidente, privatizou o Estado, numa teia de clientes da ‘economia política’ angolana e num aparelho que controla, por um lado, a segurança e o uso da força, e, por outro, as contas vitais da República, como a do petróleo, dos diamantes, do Banco Nacional e do Tesouro.
Os generais e barões da economia política fizeram ganhos astronómicos nas comissões dos contratos de armamento, do petróleo, da manutenção militar, por aí fora, e depois usaram esses recursos  em todos os negócios sensíveis, estratrégicos – as empresas de segurança, as companhias de aviação, os sectores das empresas públicas colocados em leasing, as companhias ligadas às forças armadas e à polícia. Um lucro incalculável e, o melhor, legal!
Como bem explicou Christine Messiant, o controlo da economia pelo topo do poder político (juntando as altas patentes e o politburo informal do Partido) usou e geriu a concorrência internacional, beneficiando a conivência, a colaboração ou a assistência de grupos estrangeiros na banca, no sector energético.
É esta, resumindo, a face verdadeira da nova Angola: o novo poder económico é apenas a nova máscara do velho poder político. Uma maquilhagem sofisticada mas óbvia, o bâton da ditadura, parafraseando o grande jornalista Rafael Marques.
Num reencontro digno para ambos os povos e ambas as audiências, teria havido por exemplo Rafael Marques, ou alguém que chamasse à corrupção, corrupçlão, e não, quase a medo, numa única pergunta, ‘um certo tipo de corrupção’, como fez Fátima Campos Ferreira.
Quem se encontra com a realidade de Angola, encontra a violência brutal nas Lundas diamantíferas, os despojos da guerra civil no tecido social e produtivo, a conflitualidade social latente entre quem tem o mundo e quem não é sequer dono da sua vida, ou a pobreza dos musseques de Luanda, que não desaparecem com o cair do cetim vermelho de um banco como na publicidade que embrulhou a emissão da RTP. Já agora, gostaria de ter reencontrado outros portugueses: os milhares que vão para Angola em fuga de um país sem esperança, o nosso, como se ia nos anos 50, e, como então, enfiados como semi-escravos e semi-reféns à mercê dos seus patrões – agora angolanos – num estaleiro, numa pedreira ou numa fazenda algures fora do alcance das visitas oficiais que chegam a Luanda.
Nesta emissão, enfim, Portugal confirmou que, como antes os nossos colonos, apenas temos a subserviência quando a situação não nos permite o abuso. É no que estamos. ‘Qual o objectivo do investimento angolano no estrangeiro?’, perguntava a jornalista. A resposta foi dada pela própria emissão: respeitabilidade. Luanda apenas compra aquilo que sabe que não tem.”
Pedro Rosa Mendes

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Premonição!

A Small Oasis

"Sinto que estamos a chegar a um ponto de viragem" - Vitor Gaspar, ministro das Finanças de Portugal.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ele é tudo tão rápido ... mas não consegue surpreender!

O primeiro-ministro deixa de ter a melhor avaliação, numa sondagem da Aximage, para se juntar a Francisco Louçã na última posição. No Governo, a popularidade de Paulo Macedo tem estado em queda livre e é o ministro menos popular, a par de Álvaro Santos Pereira. Nuno Crato ocupa a posição contrária.
Num mês, Passos Coelho passou de melhor para pior.
Em Janeiro, Coelho é, juntamente com Francisco Louçã, o líder partidário com pior avaliação para os portugueses na sondagem da Aximage para o Correio da Manhã.
 Em Dezembro, o primeiro-ministro português ocupava o primeiro lugar.
Em Janeiro, Portas acompanha o deslize do parceiro de coligação e obtém uma classificação de 9,3, abaixo da nota de António José Seguro (9,7) e de Jerónimo de Sousa (10), a única avaliação positiva.

Declaração de interesses: Não sou fumador!

AO CUIDADO DE FRANCISCO GEORGE

domingo, 1 de janeiro de 2012

A melhor análise política e económica do fim de ano

Sócios, ele é o Economista do Ano

Por Ferreira Fernandes

QUEM é o meu Economista do Ano? Sócios, é isso que vou explicar.
O que é que Portugal tem de fazer? Vai qu'ir buscar dinheiro... Ontem vi o patrão da barragem Três Gargantas, Cao Guangjing. Ele é o chinês que comprou a EDP - e fez-me luz! Foi quando ele disse: "Podemos trazer dinheiro e bancos chineses." Sócios, ele é o 20.º jogador do plantel, aquele que foi anunciado num discurso, em Lisboa, a 24 de Março!
Na altura, foi dito que vinham aí charters e os portugueses riram-se. E não é que aconteceu mesmo?! Portugal foi buscar sponsors, foi buscar as Três Gargantas.
Agora Portugal vai ter comissão de charters... vai ter comissão de bancos... vai ter comissão de barragens...
Ontem Cao Guangjing foi recebido no Ministério da Economia e hoje vai ao Ministério das Finanças e vai ser recebido por Passos Coelho... Porquê? Sócios, porque foi feito um Departamento do Jogador Chinês, como foi preconizado no tal discurso em Março. "Portugueses, isto é um projecto de irmos p'ra frente! Vamos ganhar, vamos tar lá em cima outra vez", foi dito então.
E agora eu vou ter que eleger o Economista do Ano. Aquele discurso não foi nem do Teixeira dos Santos nem do Constân... sócios... oh sócios... por favor, tou concentradíssimo, não é?, nem pelas falinhas mansas do Gaspar, nem pela sumidade académica do Álvaro - foi dito com os pés por Paulo Futre. Não foi citado pelo Financial Times mas está no YouTube. E, sócios, Futre foi o único que acertou.

«DN» de 30 Dez 11