ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

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quinta-feira, 27 de março de 2014

Já a seguir - novas tabelas, novos cortes na Função Pública (F.P.)! Aguenta, aguenta?


Os quadros técnicos mais diferenciados da FP estão neste momento em uma das seguintes situações:

1 - continuam a trabalhar na mesma ("por amor à camisola", "pelo seu espírito cívico") ignorando o contexto laboral a que estão a ser submetidos (diminuição acentuada de rendimentos, que em muitos casos ultrapassa os 50%, aumento perturbador da atividade burocrática, submissão a controlo policial da atividade, perda significativa da sua independência técnica).

2 - desistiram ( metem atestado, entraram em greve de excesso de zelo, aderiram ao delírio administrativo vigente, fazem que fazem ...).

A probabilidade do contingente da situação 1 passar a 2, aumenta cada dia que passa e a cada nova medida anunciada.
O anúncio de novas tabelas salariais cria expectativa - virá aí a machadada final no sistema?

A folha de vencimento traz cada vez mais exercícios de dedução, que tornam difícil mesmo para um especialista do sector, a conferência do seu apuramento - é uma taxa que é aplicada num mês, substituída por outra no mês seguinte ...
A mais danosa inovação do orçamento deste ano, foi o alargamento dos descontos para a Caixa Geral de Aposentações (11%) a todos os rendimentos (abonos complementares, rendimentos extra, suplementos), quando até agora incidia apenas sobre o salário base do trabalhador. A perfidez desta medida vem do cinismo institucional de no momento em que são anunciados cortes e tectos nas pensões e reformas, alargar o âmbito dos descontos a que estão sujeitos os rendimentos, muito para além do que é anunciado ser a perspetiva do benefício. É pois de um imposto que se trata e não de uma dedução para a reforma!

Um muito bem remunerado FP que tenha por tabela um salário de 5000 Euros mensais (um privilegiado!), se atingir o escalão de 80 000 euros anuais por via de outros rendimentos receberá líquido ... 1386 Euros! Mas senão tiver mesmo mais nenhum rendimento ficando no escalão 40 000-80 000, já terá a felicidade de desfrutar de ...1628 euros.

Infelizmente isto é verdade, científico e ignóbil, apesar de parecer mentira!

PS - Em vigor: redução salário FP 2014 -12%; Irs - 45-48%; Sobrexa extraordinária irs - 3,5%; Taxa adicional de solidariedade - 2,5%; CGA - 11%; Adse - 2,5-3,5% (aguarda ratificação)

SOU EU QUE NÃO ALCANÇO OU ESTAMOS EM LOUCURA DESCONTROLADA!

 A Assembleia da República discute hoje uma proposta do Psd, para alterar o enquadramento penal dos crimes praticados por menores.O projeto de lei do partido da maioria prevê que o Ministério Público abra inquérito em crimes semipúblicos (como o furto ou a ofensa à integridade física simples) ou particulares (difamação, calúnia e injúria, por exemplo) praticados por menores mesmo que não exista queixa crime do ofendido.
Vamos imaginar a cena - uma criança segue com os seus pais em espaço público! O pai injuria a mãe - sua cabra, sua p. e ela sorri. Diz-lhe que está transtornado e que brevemente terá vergonha da sua atitude. O homem acalma-se! Então o filho vira-se para o pai e insulta-o, chama-lhe filho da p., malcriado, insolente! Um diligente agente de autoridade assiste à cena e pressuroso detém o menor por crime particular praticado por menor, o ministério público faz a acusação e apesar de toda a família consensualmente anuir que se tratou de um momento de descontrolo emocional coletivo em situação de grande stress (eu não vos digo o que a mãe tinha feito!), o jovem é levado a julgamento!
Em que país se passa isto? No radioso futuro dum país mediterrânico em austeridade!
Alguém amigo é capaz de me fazer luz sobre a doutrina por detrás desta medida ou é mesmo insanidade?

quinta-feira, 13 de março de 2014

Comunicado da Presidência

Março de 2015:
"O sr Presidente da República divulgou hoje em comunicado, que decidiu suspender a data das eleições para a Assembleia da Republica previstas para este ano, por na atual conjuntura dos mercados poder ser interpretado como um sinal de fraqueza do país, a mudança de Governo da Nação e da atual política de sucesso económico em curso."
Diversos analistas interpelados pela comunicação social, consideraram que embora anómala, tal decisão parece oportuna, pois uma mudança de política e dos seus agentes seria sem dúvida percepcionado de forma muito negativa pelos nossos credores. O Dr Vitor Martins, antigo conselheiro presidencial, auscultado pelo nosso site, recusou qualquer comentário, pois poderia ser mal interpretado...