ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Uma política premeditada!


A estratégia política do atual governo tem-me causado imensas perplexidades!
Sendo assumidamente liberais do ponto de vista económico, a opção obsessiva pelo sistemático agravamento de impostos, não acompanhada por medidas enérgicas e eficazes de racionalização da despesa pública, é incompreensível.
A única explicação que me ocorria, era tratar-se de uma saída desesperada face a uma enorme incompetência na reforma social. A aura de qualificação técnica de Vitor Gaspar não batia certa ...
O último passo do ministro permitiu perceber que existem intenções ocultas na sua estratégia!

Os comunistas "clássicos" sempre foram acusados de combaterem as reformas sócio-económicas pois apostavam no "quanto pior, melhor!". Isto é, quanto mais insuportáveis fossem as condições de vida do povo mais próxima estaria a revolução! Tudo que amenizasse a desgraça, era pois um atraso nessa "marcha inexorável para a libertação dos povos"!
Gaspar, táticamente, é um seguidor destes comunistas de antanho! 
Ninguém acredita que deseje mesmo uma cobrança fiscal mais robusta, para sustentar um Estado ainda mais extenso e reforçado! Então porque o faz? Porque não se insurge com a inexistente reforma autárquica que pouparia recursos significativos? Porque não aplica medidas de eficiência económica, que tanto aprecia na gestão privada, na distribuição do bolo orçamental? Apenas um exemplo da área da saúde - o custo por cidadão na região Norte é cerca de 40% inferior a um da região de Lisboa! E essa discrepância ainda aumenta se se aplicar à região Centro - porque não fazer benchmarking e impor custos uniformizados para todo o país? Obrigando a seguir os exemplos de eficiência que a administração pública tem - e isso aplicado extensivamente à educação, à justiça, à segurança social, etc.. Cortando realmente nas gorduras onde elas estão e não por igual em todas as "carnes", como têm tentado, com desastrosos resultados!

O motivo, percebi-o agora, é que ele sabe que corria o risco de conseguir equilibrar as coisas, mantendo a funcionar o estado social, com mais eficácia e rigor. E que perderia a oportunidade de atingir o seu secreto objetivo - desmantelar o Estado, entregar as atividades de lucro garantido da saúde, da educação e outras, a privados (que não conseguirão naturalmente mais baixos custos, não resultando daí pois nenhum benefício óbvio para o País!).
Portanto o seu plano tem as seguintes fases:
1 - aumentar, para lá da tolerância, a carga fiscal, mantendo o Estado na sua ineficiência (genericamente resultante da sua apropriação ao longo dos tempos, pelos partidos do arco do poder!).( - Fase concluída!)
2 - acenar à classe média, sustentáculo fundamental do Estado, com a necessidade de rever as funções do Estado, sob pena de ulteriores agravamentos de impostos, que condenariam a generalidade das pessoas à pobreza. Paralelamente ações de agitprop intensivas, para apresentarem esta via como uma inevitabilidade, um axioma técnico inquestionável! (- Fase agora iniciada, que decorrerá nos próximos meses e onde encaixam as já veladas ameaças de eventual necessidade futura de aprofundamento das cobranças, os discursos sobre refletir sobre as funções sociais que estamos dispostos a financiar, a refundação do memorando, a revisão da constituição ...)
3 - a fase do reset de Portugal - a classe média, entretanto mínima, aceita o desmantelamento do Estado enquanto estrutura social de solidariedade, ficando reduzido às funções de Segurança (reforçadas - já ouvimos mesmo Aguiar Branco ameaçar com o papão dos gravatas azuis (???) que querem eliminar as Forças Armadas!) e à superestrutura política!
4 - O Paraíso Liberal :
- o relançamento da economia privada, que passa a ter as Escolas, os Hospitais, os Tribunais, os Seguros sociais, as Prisões, para aplicar as suas superiores estratégias de gestão.
- a diminuição acentuada de impostos que libertará os cidadãos da escravatura do Estado, mas que contudo não lhes permitirá aceder livremente à educação, justiça, saúde, como lhes foi prometido na fase 3 (porque se o dinheiro não chega agora, também não chegará depois, para todos! Será "para quem pode"!).

Se o plano não for parado é assim que decorrerá - e Gaspar, "o dissimulado , "o calculista", "o laborioso", "o verruminoso", tem toda a paciência do mundo para levar esta urdidura até ao fim e sabe que qualquer precipitação pode ser fatal! Só se passa à fase seguinte quando a anterior estiver consolidada!

O Estado pode continuar a assegurar as funções atuais, com mais eficiência, menos compadrio, menos corrupção, menos custos, atendendo ao interesse coletivo e não ao da clique política instalada!
Compete-nos a nós cidadãos que o pagamos e dele beneficiamos, impedir  o seu desmantelamento e promover a sua reforma!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Superfícies Fractais.*



O que vêem na imagem?
Uma planta em corte?
Uma árvore brônquica?
O bacinete dum rim?
Uma bacia hidrográfica?


* Benoit Mandelbrot trabalhava com funções iteradas num computador quando lhe apareceu, pela primeira vez, o conjunto que leva o seu nome. Uma função iterada é, por exemplo, o processo que fazemos se consideramos um número qualquer, o 3, elevamo-lo ao quadrado e somamos-lhe uma unidade. O resultado seria 10.
Agora voltamos a fazer o mesmo com o número 10: multiplicamo-lo por si mesmo e somamos-lhe uma unidade, obtendo 101, e assim sucessivamente.
A função que utilizou Mandelbrot parecia-se muito com esta. Quando o computador fez a representação gráfica dos resultados apareceu um conjunto estranho, branco e preto, com uma forma curiosa.
Ao ampliá-lo, o que significa fazer intervir um número maior de pontos no programa do computador, o que parecia uma linha contínua, mostrou-se como uma superfície rugosa, cheia de pequenas saliências, cada uma das quais era como o conjunto original.
A definição matemática de fractal é complexa. No entanto, pode dar-se uma definição intuitiva através de duas das suas características mais representativas.
Primeiro, possui uma estrutura de auto-semelhança, o que quer dizer que cada uma das partes que o compõem têm a mesma forma que o modelo original.
A outra característica que define os fractais é que, sendo a sua área finita (a superfície que ocupam está contida dentro de uns limites), esta tem paradoxalmente um perímetro infinito, isto quer dizer que o comprimento da linha que delimita essa área é infinita, já que se tentarmos medi-la veremos que cada vez que a ampliamos aparece mais rugosa e, por isso, com um comprimento cada vez maior.
Também o corpo humano contém superfícies fractais, como os pulmões, que supõem uma importante poupança de espaço pois cabem na caixa torácica, mas cuja superfície estendida ocuparia praticamente a totalidade de um campo de squash.
(texto retirado de http://sosmatematica.com.sapo.pt )

Legenda:  Dried up delta of the Kimberly region, N.W. Australia  by Ted Grambeau (National Geographic Photo Contest 2012)

Somando notícias ou o efeito duma palavrinha no rapazito!

Quando se soube que uma conversa entre Passos Coelho e o banqueiro José Maria Ricciardi havia sido escutada, foi divulgado que o motivo da conversa era a entrega, por ajuste directo, à Perella Weinberg da consultoria financeira das privatizações da EDP e da REN, deixando de fora ashort-list pré-qualificada que incluía o BES Investimento e da qual não constava a sociedade norte-americana.
Fernando Ulrich considerou esta quarta-feira que os protestos do BES sobre as adjudicações diretas nas privatizações da EDP e da REN tiveram efeito, já que o banco rival foi escolhido para as privatizações da TAP e da ANA.
«Quem protestou por esse facto, ganhou logo a seguir os concursos de privatização da TAP e da ANA», atirou o presidente do BPI, que respondia a questões dos jornalistas durante a apresentação dos resultados do banco, cita a Lusa.

Outros a dizer o mesmo

 "Em democracia governa-se com o povo e não contra o povo. Há excepções. Churchill tinha a Câmara dos Comuns consigo contra Hitler, mas até à guerra estivera em minoria; na crise de 1983 Mário Soares preferiu desagradar aos eleitores e perder uma eleição a evitar medidas impopulares necessárias. O que se passa hoje é diferente: repudiado quase unanimemente pelo povo português o governo de Portugal compraz-se em agradar quase unanimemente ao povo alemão. Há algo que não bate certo.(..)
Arrogância para dentro e subserviência para fora dão governação ineficiente e desmoralizante. Na indiferença quase autista a descontentamentos e indignações populares parece estar-se a recuperar tradição autoritária que se julgava esquecida - "Comer e calar, manda Salazar". E aquiescência super-zelosa aos mandamentos dos funcionários não eleitos da troika bem como colagem à austeridade punitiva propugnada pelos alemães dão fama de bom aluno mas não nos dão poder negocial.

Pôr em ordem as contas de um país onde, por rotina, fornecedores perguntam a fregueses se querem ou não querem factura é trabalho de Hércules, digno do maior respeito. Mas pode ser bem feito ou mal feito. Pelo andar da carruagem não se vê logo que ela leve dentro quem vá levantar hoje de novo o esplendor de Portugal. "

José Cutileiro

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Outra bela obra Pitagórica!



Já com 11 anos!

PITÁGORAS de Parabéns

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Foi o único projecto português entre os 25 finalistas do Detail Prize 2012 entre quase 600 projectos concorrentes. Agora, depois da votação online, a Plataforma das Artes e da Criatividade, em Guimarães, do gabinete Pitágoras, venceu o prémio do público atribuído pela revista alemã de arquitectura com o mesmo nome.

A Plataforma das Artes e da Criatividade está localizada no espaço que pertencia ao antigo Mercado Municipal de Guimarães e o edifício principal, o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, tem várias áreas de exposição e um auditório com capacidade para 200 pessoas, entre outras valências.  
O edifício, inaugurado a 24 de Junho deste ano, é revestido com tubos de latão, soldados manualmente e, à noite, as fachadas ficam coloridas e iluminadas através dos painéis de luzes LED.

Os "Pitágoras", Fernando Seara de Sá, Raul Roque, Alexandre Lima e Manuel Roque estão pois de parabéns.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Como está aqui bem dito o que estava para dizer há algum tempo, transcrevo José Pacheco Pereira:

"Uma das mais injustas fórmulas, sabiamente explorada por este Governo, é a que "substituiu" as medidas mais gravosas de austeridade por "cortes na despesa pública". Treta. Substituiu algumas medidas de austeridade genérica por outras de austeridade dirigida. Para quem? Surpresa! Para os funcionários públicos. (...)
De há um ano para cá que uma das linhas de continuidade da actuação deste Governo tem sido uma hostilidade profunda dirigida contra os trabalhadores da função pública(...)
Depois da decisão do Tribunal Constitucional, a atitude do Governo, a começar pelo primeiro-ministro, passou de hostilidade à vingança(...)
Os próprios juízes foram enxovalhados com a acusação entre dentes de que tinham decidido em causa própria, para proteger os seus subsídios, exactamente porque eram... funcionários públicos. As mesmas insinuações foram dirigidas ao Presidente, ele próprio também funcionário público,(...)
Os casos de Passos e Relvas são típicos, porque uma parte fundamental da sua carreira é feita dentro dos partidos, nas "jotas", passam pelos cargos mais ligados ao controlo político "distributivo" no Governo (Relvas) e são empregados por terceiros em empresas em que as redes de ligação com o poder político são fundamentais para aceder aos "negócios". (...)
Este tipo de processos é transversal aos dois partidos, PS e PSD, e acentuou-se nos momentos em que o dinheiro fácil, com os fundos comunitários e com um Estado gastador, permitiram todo o tipo de "negócios".(...)
Não é por acaso que o "privado" que encontramos nos curricula governamentais, como estes de que falamos, é sempre do mesmo tipo. Não encontramos nunca nenhum genuíno empresário que já estivesse "feito" antes de ir para o Governo.(...)
Tem a função pública pessoas a mais? Tem certamente e, acima de tudo, mal distribuídas, mas a racionalização desses recursos para poupar despesas não foi feita nem está a ser feita. Despedir e cortar direitos é mais fácil do que saber "gerir", como diz Teodora Cardoso(...)
É a função pública politizada e, nos últimos anos, partidarizada? É e muito, mas não é isso que estas medidas combatem. Pelo contrário, o Estado vai ficar ainda mais dependente do poder político, mesmo nas áreas que tinham alguma autonomia como as forças armadas.(...)
Não tenho dúvidas em afirmar que este é um dos problemas mais graves da nossa democracia, mas nenhuma destas medidas diminui esse poder, bem pelo contrário. Veja-se como decorreu o processo de privatizações, como são feitas as nomeações de "sempre os mesmos", como a acesso ao poder político permanece sempre nos mesmos círculos, da banca aos grandes escritórios de advogados, da consultadoria económica à intermediação, para perceber que, em períodos de crise, pelo menos os de cima continuam na mesma a mandar e a ganhar. (...)
Também por isso, a noção de Estado e de serviço público, fundamental num Estado democrático, assente em burocracias de mérito, deveria ser preservada se houvesse "sentido de Estado", o que não há.

(Versão do Público de 13 de Outubro de 2012.)

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ok Hollande, deves ficar ao nosso lado, porque és nosso amigo!



10/17/2012 01:38 PM
'Devastating Impact'
Euro Exit by Southern Nations Could Cost 17 Trillion Euros


A new study by a German think tank warns that a euro exit by Greece, Spain, Portugal and Italy would cut global GDP by 17 trillion euros and plunge the world into recession, with France suffering the biggest loss. A Greek exit alone would be manageable, but must be avoided to forestall a domino effect, it says. 

A Greek euro exit on its own would have a relatively minor impact on the world economy, but if it causes a chain reaction leading to the departure of other southern European nations from the single currency, the economic impact on the world would be devastating, a German study warned on Wednesday. 

Economic research group Prognos, in a study commissioned by the Bertelsmann Stiftung, estimated that euro exits by Greece, Portugal, Spain and Italy would wipe a total of €17.2 trillion ($22.3 trillion) off worldwide growth by 2020. 

• If Portugal went, Germany would lose €225 billion by 2020 and would have to write off credit amounting to €99 billion. Global losses in growth would add up to €2.4 trillion, with the US having to bear €365 billion and China €275 billion, respectively. 
• If Spain were to go as well, Germany would lose €850 billion in GDP by 2020 and would have to waive €266 billion of credit. The US would lose €1.2 trillion in GDP, and the 42 countries under review would lose €7.9 trillion. 
• If Italy, the euro zone's third largest economy, were to leave, "the situation would run totally out of control," the study said. It estimated that Germany would lose €1.7 trillion in GDP and would have to write off €455 billion in credit. German unemployment would increase by more than one million by 2015. There would be a "severe international recession and global economic crisis," the Bertelsmann Stiftung writes. 
The biggest losers would be France, followed by the US, China and Germany.

REVOLUÇÃO OU GOLPE DE ESTADO!?




Revolução =
7. Mudança brusca e violenta na estrutura económica, social ou política de um Estado.
8. Reforma, transformação, mudança completa.

9. Perturbação moral, indignação, agitação.

10. Náusea, repulsa, nojo.

(dicionário Primberan da Língua Portuguesa)



Ando que não posso!
Uma sensação de estranheza que me nasce dos ossos e não é reumatismo!
É impotência! É dificuldade de compreensão do que se está a passar!
Dificuldade de aceitar mas também de reagir, porque não se alcança nitidamente a quem, a quê, com quem!
E foi aí que percebi que estou em plena revolução!
As revoluções não pressupõem tomada violenta do poder, embora seja essa a imagem que imediatamente associamos. Pressupõe, como diz o dicionário, uma mudança brusca e violenta (social, económica, política, cultural).
E isso estamos a viver! O poder foi tomado não pela violência, mas pela mentira (prometeu-se a não subida dos impostos e a redenção do Estado e veja-se o que se tem!).
Os atuais revolucionários estão descaradamente a soldo de interesses estrangeiros, não se tendo coibido mesmo de pôr no mais importante e determinante cargo do governo um seu funcionário.
Aquilo que se avizinha não é só um empobrecimento generalizado - é uma alteração radical da estrutura social! Haverá uma elite ligada aos oligopólios e às empresas do regime, uma minoria de remediados (ex-classe média alta) e uma multidão de pobres.
O atual governo revolucionário só encontra algo que lhe seja comparável, na história recente do país, no Conselho da Revolução de 1974-5 (embora de orientação política diversa) - desprezo pela legislação existente, pelos direitos adquiridos sociais e económicos, intolerância pelas ideias diferentes, vontade de impor uma nova Ordem!
Curiosamente o dicionário também faz significar a revolução de "náusea, repulsa, nojo". Eu que noutras circunstâncias teria dificuldade em compreender estes significados, concedo aqui que são estes atributos que melhor espelham o que sinto pela atual revolução.
Mas poderá uma revolução manter-se sem apoio popular? 
A revolução de abril conquistou esse apoio, tendo evoluído dum golpe militar para um movimento popular!
Têm os atuais revolucionários esse apoio?
Ou trata-se de um golpe de estado (sim, porque o veridito eleitoral foi alcançado em pressupostos antagónicos à prática atual!)?
Um golpe de estado, sem apoio popular, ou falha ou desemboca numa ditadura!
Que teremos?

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Harém reduzido!

Zangam-se as comadres sabem-se as verdades!
Mal agradecido, despediu a menina!
Então a menina pôs a boca no trombone!

O reverso da medalha! (Pantominice falhada!)

O milagre económico anunciado por Gaspar naquele dia ENORME - Portugal tinha regressado aos mercados, sabe-se agora, foi feito com a cumplicidade da banca portuguesa e ao que parece da segurança Social. Isto é a situação de Portugal não aliviou, apenas foi transferido o risco do Estado para a banca.
Veja-se agora que os malabarismos empaleiam (ainda?) um povo pouco culto mas não os mercados!

Progresso tecnológico!

Uma funcionária do Hospital de Braga comentou no facebook, a propósito de um ridículo código de conduta aprovado:

"Está provado cientificamente que as bactérias aderiram às teorias do Feng-shui e, como tal, são fortemente atraídas pelas cores "vivas" ou "fortes", por isso o verniz, meus amigos, só transparente ou perolazinha, muito discreto", ironizava. Na mesma publicação, aponta outros problemas de funcionamento do hospital de Braga, como o facto de haver "doentes na Ágora sentados num muro (expostos) ao frio e a correntes de ar" e doentes "que fazem mais de duzentos metros a pé, à chuva e ao sol, para chegarem à entrada principal" do hospital. 
Foi entre colegas que a trabalhadora em causa comentou a inexistência de armários para os funcionários guardarem as roupas durante o período de trabalho. 
"Quando há, são os mesmos de onde retiram as fardas que usaram nos seus afazeres profissionais", apontava a funcionária, que pediu para manter o anonimato. No mesmo comentário, esta profissional de saúde critica o facto de a administração do hospital não ter em conta esta questão higiénica, mas ter publicado um regulamento que limitava o uso de vernizes para unhas, entre outras determinações.

Este desabafo valeu-lhe a instauração de um processo disciplinar, que segue o seu curso!


Antigamente, os comentários na mesa do café eram denunciados pelos bufos à Pide!

Vejam como progredimos tecnologicamente!

Mudanças!

Enquanto a ciência não consegue dotar um dos membros dos casais homo de umas gónadas do outro sexo, os tribunais dão uma ajuda!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Tudo se paga!, mas não tenho de ser eu!


cópia do último post d´ "o futuro é agorai" , blog oficial da candidatura de pedro passos coelho à liderança  do psd. 
filipa martins, recente contratação como colaboradora/especialista da sec. estado da cultura, era a sua mandatária para a juventude!
isso não lhe retira qualquer mérito que possa ter. o que eu não estou disposto é a que me aumentem impostos, para pagar favores!

DOMINGO, 1 DE JUNHO DE 2008
Um novo ciclo
Com estas eleições directas, um novo ciclo se abriu na vida do PSD. Um ciclo, espera-se, que devolva um PSD forte e combativo ao serviço de Portugal.

N'O futuro é agora, estamos orgulhosos do papel que a campanha de Pedro Passos Coelho desempenhou no PSD. E estamos também - porque não dizê-lo - orgulhosos do papel que este blog desempenhou no debate de ideias que o PSD lançou na sociedade portuguesa.

Este blog acaba aqui. Mas o espírito que aqui se criou perdura. 
Até sempre,




 
Com esta escolha, Pedro Passos Coelho marcou, uma vez mais, a diferença perante as outras candidaturas. Conheço os mandatários para a Juventude das candidaturas de Pedro Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite e não vou discutir e analisar as suas capacidades. 
assina  Rodrigo Saraiva in Câmara de Comuns


Produção de eventos!




Somos além do mais um país maldizente!
E porque quando alguma coisa corre bem, há que ter coragem para a elogiar, sinto-me obrigado a fazê-lo face à generalizada ingratidão dos comentadores nacionais!

Francisco, o secretário sem ministro, sentindo que o país mergulhou numa onda depressiva, que não ajuda em nada à superação da crise, depois de consultar a sua recente adviser privativa, Filipa - e até para que não se diga que não merece os 2950 euros mensais atribuídos - decidiu que tinha de aproveitar a comemoração da implantação da república, para aparecer e promover um evento libertador, que ficasse na memória de todos e deixasse saudades do feriado que o Pedro resolveu extinguir.
Aficionado dos Monty Python e ao abrigo do seu atual estatuto de influente homem de estado, contactou através da assessoria cultural da embaixada portuguesa em Londres, John Cleese para produzir o evento, que deveria fazer esquecer a imagem cinzentona que lhe está associada.
Cleese considerou o desafio apaixonante, mas impôs como condição: fazê-lo sob anonimato, já que sabendo que tem no governo português, na pessoa do ministro das finanças, um concorrente imbatível, não duvidou que por mais que a celebração corresse bem, dificilmente igualaria o nível das suas conferências de imprensa, que antecedem os grandes eventos futebolísticos nacionais.
Daí que a troco de um livre trânsito vitalício nas receções da embaixada portuguesa, famosas pelos seus croquetes e pastéis de bacalhau, acedeu a gizar as linhas gerais do evento.
A primeira ideia foi fazer desaparecer um dos intervenientes mais importantes (nisso o Pedro conseguiu mesmo introduzir uma nota de humor suplementar - "já que toda a gente se queixa de falta de coesão no governo, não era giro eu faltar para ir a uma reunião do grupo da coesão?").
Depois sugeriu que cerimónia decorresse num espaço fechado, para simbolizar a situação encurralada em que se encontra o sistema político ("sim, sim num pátio, exultou o Xico, tipo - o governo preso no seu labirinto - dá um pendor borgesiano ao evento!"; o Pedro discordou "não convém nada agora lembrar o Borges, só dá chatices!"; "não, não é esse! É o cego!"; "Ah!" embatucou o Pedro).
Depois de orquestrado este enquadramento, Cleese propôs um número forte de ironia provocatória.
A sua sugestão foi tocar-se o Das Lied der Deutschen (A canção dos alemães) em vez da portuguesa, mas aí a Filipa teve uma ideia ainda mais genial -"porque não hastear a bandeira ao contrário, que significa que estamos em território ocupado? - "Ah grande Filipa, muito mais subtil!!".
Para finalizar, duas performances "espontâneas": uma tipo vaudeville - por exemplo "uma portuguesa classe média a exprimir o seu desespero, tipo "Les Misérables" ( o que dava uma nota de participação popular) e uma mais Brechtiana - uma cantora lírica a interpretar um trecho de Kurt Weil, talvez a ópera dos três vinténs, a remeter para a situação dos portugueses a esmolar os alemães.
Mais uma vez Filipa revelou ser uma escolha acertada - " e porque não Lopes Graça! É português, a esquerda vai adorar e evita estar sempre a lembrar os alemães!".
Pedro ainda tentou - "e porque não a Marisa, como daquela vez que cantou o hino na assembleia?". Aí o Francisco não deu hipóteses - "Calma que não tenho orçamento para isso e da outra vez correu tão mal, que ainda pode dar para a cerimónia acabar em violência"!


O resto é sabido! Tudo correu pelo melhor! Nunca um 5 de outubro foi tão falado!
Até o Seguro já prometeu repor o feriado!

Do que ninguém estava à espera é que o Paulo mandasse a embaixada de Londres retirar o livro trânsito a Jonh antes mesmo de entrar em vigor - "Faz parte do burlesco da situação, em Portugal deixou de haver direitos adquiridos!" - proferiu com o seu sorriso de hiena.

Doente crítico!


Face a doente crítico, um bom médico sabe que a emergência é inverter a degradação clínica do paciente e criar uma entropia de recuperação.
Quer isto dizer que por exemplo para um doente agónico em falência multiorgânica, o clínico não estabelece um calendário de recuperação em 48 horas. A sua expectativa é que dois dias depois os parâmetros biológicos estejam um pouco melhores, de forma a que surja esperança que essa melhoria prossiga paulatinamente. Seria completamente insano esperar que em dois dias este doente muito grave, já pudesse estar restabelecido e pronto para regressar a casa!
Claro que há médicos "entusiastas" que estabelecem um programa tão agressivo, com repetição de exames a cada hora, mudanças bruscas de terapêutica, antes mesmo delas terem tempo de surtir efeito, que o mais habitual é o paciente não resistir a tal desnorte e empenho.
O mesmo se aplica à condução da política de um país!
( A discussão epistemológica sobre se é lícito a aplicação de conceitos de medicina à realidade social e económica, fica para outra altura. Contudo, o que eu aqui recruto. é o conceito de bom senso na condução de estados críticos!).
Uma situação de descompensação multisectorial, resultado de desequilíbrios gerados ao longo de muito tempo, implicam uma abordagem cautelosa, alterando a tendência de agravamento, mas não pretendendo ter tudo resolvido em tempo recorde. E isto, fundamentalmente, porque é impossível - em vez de se ter um sucesso, ter-se-á o óbito do paciente, "que não aguentou a cura!".
Saber isto e mais importante ter serenidade e sabedoria para aplicar isto, implica experiência, conhecimento profundo da realidade e desapego ao aplauso fácil (seja do país, seja dos "professores" - o tal síndrome "bom aluno").
O bom aluno não é aquele rapazinho (ou rapariguinha) que é muito certinho nas aulas, tem um caderno perfeito com todos os apontamentos e carrega a pasta ao sr. professor.
O bom aluno é aquele que chega aos exames e tira boas notas (sem copiar!). E que aprendeu para a vida os conhecimentos importantes que lhe irão permitir um desempenho profissional e social de sucesso.
Com um governo de choninhas - de que o menino Moedas é a face mais emblemática - poderemos ter esperança de nos mantermos algum tempo no quadro de honra, mas na pauta final iremos ter o nome a vermelho!
Tal como em Medicina há o direito a uma segunda opinião, também o País tem esse direito! O logro de que não existem alternativas, é isso mesmo - uma mentira, de quem tem medo dessa segunda opinião!
Não podemos ver-mo-nos a morrer, ter-mos a certeza que vamos morrer e não sermos capazes de mudar de médico!
Nestas ocasiões é costume pedir-se a colaboração de alguém mais experiente, mais sensato e ponderado e com provas dadas de sucesso!
Esperemos consigamos encontrar alguém com esse perfil!

domingo, 7 de outubro de 2012

Petição pública



Ajudem-me os juristas que eventualmente passem por aqui: será possível através de uma petição pública requerer a avaliação clínica destas personagens com vista a retirar-lhes a idoneidade para exercício de cargos públicos, antes que destruam irreversivelmente o país?
Falo a sério!

Saca aí dum assento!




Designer: Orla Reynolds

JPP, o cronista mais lúcido da atualidade política

Vale a pena a leitura aqui e aqui!