ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

MST, o imprevidente!

Miguel Sousa Tavares, quase podia ser o meu alter-ego não fosse uma certa propensão para o facilitismo e o populismo, que o assaltou sobretudo desde que abraçou a carreira de opina-sobre-tudo do nosso espaço mediático. Não é que eu não tenha essa tendência, mas não estando sujeito à pressão de opinador profissional, tento-me resguardar.
Ora MST no Expresso deste fim de semana, publica a sua crónica "Contra argumentos não há factos", onde envereda por um estilo à la Marcelo (encontrou umas velhotas na rua, coisa e tal) e um conteúdo à Relvas! Isto é, mentiroso ou ignorante, ou uma mistura dos dois ...
E se o estilo é dele, vamos aos factos que anulam os seus argumentos!
Argumenta genericamente que descontando uma pessoa 10% do seu salário para a segurança social, se descontou 40 anos só assegurou 4 anos de reforma! Tirando que infelizmente nem assim é, pois a SS segue uma política de chapa ganha, chapa gasta, a verdade é que a contribuição mensal por trabalhador é de 34,5% do rendimento (MST referia-se estou em crer, ao seu caso pessoal de trabalhador independente!).
Ora perante este facto, podemos dizer que "amealha" diretamente ao longo de 40 anos para quase 14 anos de reforma!
O segundo argumento falso, é que parte deste dinheiro era gasto em custos de doença! Não sei se referiria apenas aos subsídios de doença, mas era pelo menos insinuado que se falava dos custos médicos. Ora os custos médicos saem exclusivamente do Orçamento de Estado para o qual desconta por via dos impostos, primeiro como trabalhador no ativo e depois como reformado!
Em conclusão, a sustentabilidade da SS é um assunto sério, que tem de ser discutido publicamente, mas não ao nível de taxista!
O MST que se cuide - se não descobre um filão como o do Marques Mendes (porta voz oficioso!) ainda fica desempregado!

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