ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Governação científica!

Desde sempre a governação dos povos tem sido mais condicionada pelo coração que pela razão!
Porém nesta entrada do terceiro milénio nada justifica que assim continue!
Uma política de base científica atingirá os objetivos definidos, ao contrário dos impulsos imediatistas de governantes sentimentais.
Dirijo-me pois a si Gaspar, que é afinal quem manda e além disso possui dotes de inteligência que lhe permitirão alcançar a propriedade da minha tese, não se deixando iludir pelo aparente paradoxo (como faria o Pedro) ou mesmo rindo-se por pensar tratar-se de brincadeira (como faria o Miguel). ( O Álvaro talvez também compreendesse, mas creio que iria baralhar depois tudo! ).
Então passemos à fundamentação.
É um dado adquirido em biologia que o único fator conhecido associado a uma maior longevidade é a fome! Encontrará abundante bibliografia sobre o assunto.
Deixo-lhe algumas citações, que fazem eco desta verdade científica incontornável:

 Um homem adulto seguindo a Dieta da Restrição Calórica, ou da longevidade, consome em média 1.700 a 2.000 calorias enquanto uma mulher, em torno de 1.200 calorias.

 Alguns estudos feitos com pessoas e macacos estão verificando que essas dietas de quase fome, que consistem em 70% das calorias consumidas numa dieta normal, também os ajudarão a viver mais.

O assunto é apaixonante e caso se interesse por ele (como suspeito seja o caso, dado o ar famélico que aparenta) pode ler este report da New York Acad. of Sciençe ("caloric restriction (CR), is the only intervention proven to extend life span in multiple species as well as extend the persistence of those characteristics that are associated with youth"), que pode usar para fazer passar as medidas que lhe proponho, à troika.
Ora bem, vamos ao que interessa:( já estará por esta altura a ver onde quero chegar! ). A sua política restritiva,     ao empurrar grande parte da população para o Banco Contra a Fome (que como sabe não é muito adepto de comermos bifes, já tivemos polémica sobre o assunto!), irá inexoravelmente levar a um prolongamento da esperança de vida, sobretudo dos mais pobres. Ora mais inconveniente que isso para o sucesso da sua política não estou a ver o que poderia vir! Não diga que será  um resultado inesperado, pois existe fundamentação científica inquestionável a apontar nesse sentido. E a menos que esteja a pensar recorrer a uma solução tipo "final", inspirada nos seus amigos alemães (sempre gostava de saber o que cochicha com o seu homólogo germânico!), vai ter mais gente e durante mais tempo, para sustentar com reformas! 

Num cenário destes, nem com a mais auspiciosa recuperação económica sairá algum dia da recessão! 
Urge pois encetar desde já uma política de base científica, que deixará o povo contente e o perpetuará como o primeiro grande cientista político da democracia.
Comece por promover uma alimentação farta para todos, distribuindo cheques restaurante, a quem apresentar nas finanças uma fatura de supermercado e abatendo integralmente no IRS as despesas em alimentação. 
Relançará dessa forma a restauração e toda a fileira agro-alimentar, que esquecerá a questão do iva (aumentando extraordinariamente a coleta!) e poupará milhares de milhões em reformas incomportáveis (diminuindo os gastos do estado social). 
Terá um povo de barriga cheia que o adulará, ignorando que está a ser condenado a uma morte prematura! 
Um político tem que saber pensar a longo prazo, recusando o sucesso no imediato. Estou certo que tem visão de Estado para uma política, que embora tão cruel, permitirá ao País emergir no médio prazo, da crise que nos assola.
É claro que eu, o Gaspar, a senhora do banco e mais alguns eleitos que frequentam restaurantes gourmets, continuaremos a passar fome e sobreviveremos aos nossos contemporâneos.
, E você, claro está, ficará para a eternidade!

2 comentários:

  1. O Gaspar não vai aceitar a sua ideia. Como diz, é preciso pensar a longo prazo e ele sabe que tem, no máximo, quatro anos. Dispensa, pois, a eternidade e arrecada os impostos.

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  2. Não encontrei e-mail e por isso vai por aqui - Boas Festas, Jarra.

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