ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe
- ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? - NÃO, SE PÁRAS, ESTÁS PERDIDO! Goethe
quinta-feira, 30 de junho de 2011
ATÉ QUANDO AGUENTA O BURRO?
Aumento do IVA, IRS, IMI, IMT, impostos extraordinários sobre 13º mês, redução de 10% nos salários da Função Pública, aumento dos transportes, taxas moderadoras, fim de múltiplas isenções.
Quando perdermos o contacto com o solo, só nos restará espernear (ainda que não dê resultado nenhum!)
quarta-feira, 22 de junho de 2011
No Caminho!
Este blogue encontra-se em trânsito pedestre pelo Caminho Francês até Santiago, com um estreante de 11 anos!
Bom caminho!
Bom caminho!
sábado, 18 de junho de 2011
RECADO MUITO OPORTUNO!
Paul Krugman, 57 anos, prémio Nobel de Economia (2008), colunista do "The New York Times" e professor na Universidade Princeton (EUA), escreve um interessante artigo no NYT de 12/06/2011, sobre sistemas de saúde.
O artigo que pode ser lido aqui em inglês ou em português, diz coisas como as seguintes, que desde já deixo ao cuidado do novo ministro da saúde, com a gestão de um seguro privado de saúde no curriculo:
" De vez em quando, um político aparece com uma ideia tão má, tão disparatada, que quase ficamos satisfeitos. É que as ideias seriamente disparatadas podem ajudar a ilustrar a que ponto o discurso político descarrilou. (...)
Os Estados Unidos têm o sistema de saúde mais privatizado entre os países avançados. Também oferecem, de longe, a saúde mais cara, sem que isso represente vantagem clara de qualidade, apesar de todos esses gastos. A saúde é uma área na qual o setor público consistentemente faz um trabalho melhor que o privado, no controle de custos. (...)
Nada do que estou afirmando, é claro, deveria ser tomado como razão para complacência sobre a alta nos custos da saúde. Tanto o Medicare quanto os planos privados de saúde serão insustentáveis a menos que haja esforços sérios de controle de custos - do tipo prescrito no pacote de reformas da saúde e descrito pelos republicanos demagogos como "painéis da morte". "
O artigo que pode ser lido aqui em inglês ou em português, diz coisas como as seguintes, que desde já deixo ao cuidado do novo ministro da saúde, com a gestão de um seguro privado de saúde no curriculo:
" De vez em quando, um político aparece com uma ideia tão má, tão disparatada, que quase ficamos satisfeitos. É que as ideias seriamente disparatadas podem ajudar a ilustrar a que ponto o discurso político descarrilou. (...)
Os Estados Unidos têm o sistema de saúde mais privatizado entre os países avançados. Também oferecem, de longe, a saúde mais cara, sem que isso represente vantagem clara de qualidade, apesar de todos esses gastos. A saúde é uma área na qual o setor público consistentemente faz um trabalho melhor que o privado, no controle de custos. (...)
Nada do que estou afirmando, é claro, deveria ser tomado como razão para complacência sobre a alta nos custos da saúde. Tanto o Medicare quanto os planos privados de saúde serão insustentáveis a menos que haja esforços sérios de controle de custos - do tipo prescrito no pacote de reformas da saúde e descrito pelos republicanos demagogos como "painéis da morte". "
FLIP,FLAP! FLOP?
No novo Governo:
Por Formação:
Seis licenciados em Direito ( Paulo Portas, Miguel Macedo, A. Cristas, Aguiar Branco, P. Teixeira da Cruz, P. Mota Soares) - 50%
Quatro em Economia e Gestão ( P. Passos Coelho, Vitor Gaspar, Álvaro Pereira, P. Macedo) - 33%
Um matemático (N. Crato) e um Cientista Político (M. Relvas)
Por Nascimento:
Em reconhecimento pela sua infância passada em Angola, Passos Coelho convida 3 ministros (Cristas, Teixeira da Cruz, Relvas) angolanos!
Que pena não termos tido um primeiro, minhoto!
Por Formação:
Seis licenciados em Direito ( Paulo Portas, Miguel Macedo, A. Cristas, Aguiar Branco, P. Teixeira da Cruz, P. Mota Soares) - 50%
Quatro em Economia e Gestão ( P. Passos Coelho, Vitor Gaspar, Álvaro Pereira, P. Macedo) - 33%
Um matemático (N. Crato) e um Cientista Político (M. Relvas)
Por Nascimento:
Em reconhecimento pela sua infância passada em Angola, Passos Coelho convida 3 ministros (Cristas, Teixeira da Cruz, Relvas) angolanos!
Que pena não termos tido um primeiro, minhoto!
sexta-feira, 17 de junho de 2011
O meu poeta é ...
A espantosa realidade das coisas
É a minha descoberta de todos os dias.
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.
Basta existir para se ser completo.
Tenho escrito bastantes poemas.
Hei-de escrever muitos mais, naturalmente.
Cada poema meu diz isto,
E todos os meus poemas são diferentes,
Porque cada coisa que há é uma maneira de dizer isto.
Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada,
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.
Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.
Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem esforço,
Nem ideia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos,
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.
Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer coisa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer coisa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.
7-11-1915
“Poemas Inconjuntos”. In Poemas de Alberto Caeiro. Fernando Pessoa.
1ª publ. in Athena, nº 5. Lisboa: Fev. 1925.
Enquanto isso, conforme explicam aqui ...
Fernando Pessoa disse que está bem mais leve depois que passou a ser um só. “Além de mala, aquele Alberto Caeiro não pegava ninguém."
Gavetas!
Hospital Sirah - Brasília, de João Filgueiras Lima (Lelé) - 1980
Cómoda Morgana de Daniele Lago, para Lago (1996).
Hotel Axis, Viana do Castelo, de Jorge Albuquerque, 2008
quinta-feira, 16 de junho de 2011
INDÍCIOS PREOCUPANTES
Face à percepção da situação catastrófica do país, os portugueses viram-se nas últimas eleições arrastados numa vaga política que deixou pouca margem de opções para a sua escolha.
Na realidade, o povo, o eleitorado, nós todos, mesmo os que não votaram, mais não fizeram que ratificar a que pareceu ser a única saída para a situação desesperada em que nos encontrávamos e que só foi realmente percebida mesmo na eminência do abismo!
Para os muitos (poucos!) que alertavam há anos para a insustentabilidade das políticas seguidas, fica-lhes a consolação de terem tido razão... só que antes do tempo, o que quer dizer que irão sofrer como os outros, as consequências de todas as imprevidências e dislates praticados!
Concordo que estas eleições foram perdidas e não ganhas, que governar neste contexto não vai ser fácil e que há pouca margem para errar!
O próximo primeiro ministro passa uma imagem de insegurança indisfarçável, mas ao mesmo tempo um ar de bem intencionado e inspira-me um sentimento de protecionismo, quanto mais não seja por o meu futuro depender do resultado da sua acção!
Daí, desde já um conselho - apareça pouco na ribalta, sob pena da sua imagem se tornar insuportável para os portugueses em pouco tempo!
Esqueça, o que já parece ser uma obsessão, a privatização das águas, quanto mais não seja por provir de uma empresa que é parte interessada no assunto, ficando ferido de morte se essa imagem de gestor de interesses de Ângelo Correia, se lhe colar à pele!
Depois, não sei se ainda irei a tempo, faça-se cercar de pessoas com espessura política, moral e social - é que nestes primeiros dias de negociação de políticas e programas, a fauna que pululou pelas redações das televisões, trouxe indícios preocupantes sobre o futuro da nação.
Os "barões", os técnicos reconhecidos que tinham aparecido na fase final da campanha desapareceram e as figuras que dão a cara, parecem saídas da comissão de festas duma associação académica - com um discurso esforçado a pretender transmitir a gravidade das suas funções, mas a soar a burlesco e nitidamente a deixar a sensação de não estarem à altura da situação.
O acordo político divulgado com pompa e sem circunstância é duma vacuidade constrangedora - e o acordo programático estará dependente das opiniões de quem aceitar ser ministro (sic)!?
Nota-se a ausência de Catorga (apesar dos disparates!) e de figuras experientes!
Bom, espera-se ansiosamente o anúncio da constituição do governo, que esperamos venha dissipar estas reservas!
Se for escolhido dentre o lote de jovens promissores que temos vindo a conhecer, estamos fritos!
terça-feira, 14 de junho de 2011
"CONNECTICUT YANKEE IN KING ARTHUR´S COURT"
Mark Twain, considerado o "pai" da literatura americana, escreve em 1889 "Um americano na corte do Rei Artur". Trata-se de uma escrita mordaz e despreocupada, que relata uma viagem espaço temporal de um Yankee de Conneticut que aparece "mágicamente" na Bretanha do século VI, na sequência duma pancada na cabeça.
Dotado dos conhecimentos técnicos e científicos da era Industrial, Hank Morgan corresponde para o bem e para o mal, à imagem que ainda hoje temos dos americanos - empreendedores, autoconvencidos, desconhecedores e indiferentes às realidades culturais, religiosas e sociais, que não as suas.
Introduzindo-se com mestria no círculo próximo do Rei Artur, conseguindo desacreditar o influente mago Merlin e substituindo-se no seu papel de grande feiticeiro - neste caso recorrendo a meios técnico-científicos com 14 séculos de vantagem e não à credulidade popular, o nosso Internauta ascende ao estatuto de The Boss ("o Mestre", na tradução portuguesa), implementando uma série de iniciativas que vão desde a publicidade e o marketing, à formação de escolas técnicas, onde pontifica mesmo uma West Point medieval, onde se formarão os seus lugares tenente.
Despreocupado com a coerência plausível do relato e dotado de um humor próximo do non-sense (retomado quase um século depois por Monty Python e sequelas), Mark Twain equipa a Inglaterra dos cavaleiros da Távola Redonda, de Telégrafos, Caminhos de Ferro, Centrais Elétricas e consegue pôr uma nobreza que considerava inútil e ignorante a maquinistas e guarda freios. E como não tenha sido fácil fazê-los desistir das suas pouco práticas armaduras, cria uma unidade de cavaleiros encasulados em aço, montados em rápidas bicicletas...
De leitura agradável e sempre com um sorriso na mente, o leitor tem permanentes motivos de divertimento, como o nome carinhosamente dado por Sandy, especializada nos relatos infindáveis das façanhas do marido, à filha que concebe do americano - Alô Central, a palavra com que esta abria as comunicações telefónicas.
Contudo o livro não se resume ao resultado da prodigiosa imaginação de Mark Twain em completa roda livre. Reflete de forma muito incisiva sobre questões de todos os tempos - a irracionalidade das massas populares e o papel da crendice e da religião nesse processo, a desconfiança com o novo, a necessidade de recorrer ao mágico e a uma aura de superioridade, em vez da evidência da razão, para se afirmar junto do povo e do poder!
E o fim, é a mais eloquente prova da máxima que "não adianta ter razão antes do tempo" e de que nada se consegue contra tudo e contra todos - mesmo que se detenha o poder máximo, é indispensável ter o apoio e a compreensão dos demais, para se conseguir afirmar. Verdade, que infelizmente ainda hoje os americanos (e outros) parecem não ter percebido.
O livro e a sua "mensagem" principal são de uma atualidade gritante - o "Boss" acolitado pelos seus 52 agentes West Point, consegue, mercê de uma engenhosa tática militar, atingir uma supremacia indestrutível, mas vê-se na iminência de um extermínio em massa, já que não consegue conquistar ninguém para o seu campo. E num arremedo final de bom-senso, apesar do seu poderio supremo, desiste do seu sonho de dominação, abandonando todos os projetos.
Quem olha, despido de preconceitos, para as intervenções dos USA no Vietnam, no Iraque, no Afganistão, na Líbia e aprecia as suas habituais saídas de sendeiro dos teatros de terror que instala, percebe que esse erro já tinha acontecido no sec. XIX, com um Yankee de Conneticut e que houve um escritor de nome Mark Twain que escalpelizou as razões desse infortúnio, sem daí ter resultado grande proveito para a nação que o entronizou como escritor.
FIOS CONDUTORES DA HISTÓRIA
Em 1932, o carpinteiro dinamarquês Ole Kirk Christiansen toma a decisão que mudaria a sua história e a do Mundo. Dois anos antes, em 1930, era um dos milhões de desempregados da Depressão Econômica e começa a produzir brinquedos de madeira para crianças. Mas é em 32 que em companhia de seu filho de 12 anos, inicia formalmente a LEGO – junção das palavras dinamarquesas “Leg” e “Godt” (brincar bem).
Até ao final dos anos 40 fabrica diferentes tipos de brinquedos em madeira e plástico, inclusive um de montar em formato de “tijolos”, que se encaixavam e formavam figuras, animais, objetos, mas é em 1958, ano da morte de Ole e com o negócio já na mão de seu filho Godtfred, que este se começa a concentrar no que denominou de LEGO System of Play.
Dois anos depois, após um incêndio que destruiu a sua fábrica, explora a fundo este conceito, do qual viria a resultar um dos mais bem sucedidos negócios na área do brinquedo.
Numa estratégia de difundir e reforçar a imagem da marca, construiu seu primeiro parque temático LEGOLAND – Cidade Lego - em 1968, na pequena cidade de Billund, na região oeste da capital da Dinamarca, onde tudo começara: são 55 milhões de peças formando diferentes e surpreendentes figuras, já visitado por mais de 33 milhões de pessoas desde sua abertura.
De lá para cá, abriram novos Legolands na Grã-Bretanha (1996), em Carlsbad, Califórnia (1999) e, no ano de 2002 abriu o quarto parque temático em Gunzburg, cidade da Baviera Alemã.
No passado fim de semana, em Paredes de Coura, decorreu o 2º Arte em Peças, um evento Lego, com uma exposição de construções notável, envolvendo cerca de 2,5 milhões de peças e distribuídas por uma série de áreas temáticas ( Castelo, Cidade, Far-West, Star Wars, Technics, etc.).
A iniciativa que contou com a colaboração da marca (com a presença de um "Lego builder", português, que explicava o processo criativo dos novos jogos e peças), incluía uma série de iniciativas lúdicas, das quais destaco um enorme playground, no palco do Centro Cultural, onde 3 gerações de construtores podiam brincar e construir o seu projeto, com as milhares de peças disponíveis.
Brincar e se possível de forma inteligente, utilizando uma matriz testada já por 3 gerações, que promove a motricidade fina e a imaginação, é uma prática enriquecedora, barata e com resultados positivos social e individualmente.
O enorme esforço, que um grupo de entusiastas (Associação 0937) tem para pôr de pé esta iniciativa é meritório e altamente recompensador para todos que nele participam. Parabéns!
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Comics and Animation Museum
O escritório holandês MVRDV venceu o concurso para o Comics and Animation Museum, em Hangzhou, China.
A obra será construída em 2012.
Sendo eu um aficcionado da banda desenhada, rejubilo e percebo que visitar a China terá cada vez mais motivos de interesse para lá dos históricos!
Já não é no universo das imitações de plástico que estamos!
É da vanguarda da Cultura e da Modernidade que falamos - e quanto se atinge esse ponto, está consolidada a liderança
Numa entrevista recente, Sobrinho Simões, referia que dava aulas como professor associado numa universidade chinesa, de uma cidade para nós desconhecida, e que não sendo no panorama chinês nada de extraordinário, tinha condições quer técnicas, quer científicas, muito superiores às que dispunha em Portugal.
Um dia destes um colega meu a comentar um artigo científico que punha em causa práticas arreigadas no nosso meio, contrapunha se não notávamos que o nome dos autores eram todos estranhos (em tom de chacota).
A maior parte das pessoas ainda não percebeu que o Mundo já mudou ...
quinta-feira, 2 de junho de 2011
REI ARTUR - NOTA HISTÓRICA
Daqui retiro esta resenha histórica:
"O Rei Artur é uma figura lendária Britânica que, de acordo com histórias medievais e romances, teria comandado a defesa contra os invasores Saxões chegados à Grã-Bretanha (ou Bretanha como era conhecida na época) no início do século VI. Os detalhes da sua história são compostos principalmente por folclore e literatura, a sua existência histórica, devido à escassez de antecedentes históricos ou por estes serem retratados em várias fontes, é debatida e contestada por historiadores modernos.
"O Rei Artur é uma figura lendária Britânica que, de acordo com histórias medievais e romances, teria comandado a defesa contra os invasores Saxões chegados à Grã-Bretanha (ou Bretanha como era conhecida na época) no início do século VI. Os detalhes da sua história são compostos principalmente por folclore e literatura, a sua existência histórica, devido à escassez de antecedentes históricos ou por estes serem retratados em várias fontes, é debatida e contestada por historiadores modernos.
A lenda do rei Artur ganha interesse através da popularidade do livro de Geoffrey Monmouth "Historia Regum Britanniae" (História dos Reis Britânicos) embora, o seu nome, tenha surgido em poemas e contos de Gales e da Bretanha, publicados antes deste livro. Neles, Artur surge com um grande guerreiro que defende a Bretanha dos homens e inimigos sobrenaturais e, portanto, associado com o Outro Mundo. Geoffrey descreve o rei Artur como sendo um rei da Bretanha que venceu os Saxões e estabeleceu um Império composto pela Bretanha, Irlanda, Islândia e Noruega.
Na realidade muitos elementos e acontecimentos que fazem parte da história de Artur aparecem no livro de Geoffrey, incluindo Uther Pendragon, pai de Artur, o mágico Merlin, a espada Excalibur, o nascimento de Artur no castelo de Tintagel, Camelot, a sua batalha final em Camlann contra Mordred, e a ilha de Avalon.
A origem do rei Artur tem sido grandemente debatida pelos historiadores e estudiosos. Alguns acreditam que ele é baseado nalguma personagem histórica, provavelmente um chefe guerreiro da Bretanha que tenha vivido entre a Antiguidade Tardia e o inicio da Idade Média, donde terão sido criadas as lendas que hoje conhecemos. Outros acreditam que Artur é pura invenção mitológica, sem nenhuma relação com qualquer personagem real.
Em finais do século V, Ambrosius Aurelianus, um romano da Bretanha, consegue derrotar os Saxões na famosa batalha de Mons Badicus. Entretanto a situação inverte-se e os reinos celtas da Bretanha ficam reduzidos à Cornualha e a Gales.
No século VIII, Nennius, um Bretão, fala dos feitos de um comandante militar de nome Artur, que teria vencido 12 batalhas contra os Saxões. Mas, segundo os historiadores, Nennius tinha uma tendência de preencher lacunas com factos por ele inventados. Ele poderia muito bem ter embelezado a narrativa conforme as necessidades. Não foi ele, no entanto, o primeiro a referir o nome de Artur, já que baladas galesas do século VII, falavam num rei aventureiro do norte da Bretanha, que enfrentava seres fantásticos e corrigia injustiças.
No século VIII, Nennius, um Bretão, fala dos feitos de um comandante militar de nome Artur, que teria vencido 12 batalhas contra os Saxões. Mas, segundo os historiadores, Nennius tinha uma tendência de preencher lacunas com factos por ele inventados. Ele poderia muito bem ter embelezado a narrativa conforme as necessidades. Não foi ele, no entanto, o primeiro a referir o nome de Artur, já que baladas galesas do século VII, falavam num rei aventureiro do norte da Bretanha, que enfrentava seres fantásticos e corrigia injustiças.
Nos finais do século XII, Chrétien de Troyes, escritor francês, escreve contos sobre as aventuras do Rei Artur, Sir Lancelot, Guinevere, o Santo Graal, Percival, Gawain, etc. Ao apoiar-se nos mitos populares, deu-lhes o seu cunho pessoal e iniciou o género de romance arturiano que se tornou numa importante vertente da literatura medieval. Artur e as suas personagens eram muito populares na época e as histórias a partir da Bretanha, tinham-se espalhado por outros países. Salientam-se aqui algumas obras pela importância que tiveram para o nascimento do mito: O ciclo da "Vulgata" francesa (também conhecida como Matéria da Bretanha), "Parzival" de Wolfram von Eschenbach, "La Mort d'Arthur" (A Morte de Artur) de Thomas Mallory.
O romantismo do século XIX fez renascer o interesse pelo tema (inclusive autores americanos como Mark Twain com o seu "Um Americano na Corte do Rei Artur" homenageiam o género).
No século XX, autores como Stephen Lawhead ( O ciclo Pendragon), Bernard Cornwell (O ciclo de "As Crónicas do Senhor da Guerra") e principalmente Marion Zimmer Bradley, conceituada escritora da ficção científica com "The Mists of Avalon" (As Brumas de Avalon) ou a "Saga de Avalon", completaram o trabalho mantendo vivo o interesse.
O romantismo do século XIX fez renascer o interesse pelo tema (inclusive autores americanos como Mark Twain com o seu "Um Americano na Corte do Rei Artur" homenageiam o género).
No século XX, autores como Stephen Lawhead ( O ciclo Pendragon), Bernard Cornwell (O ciclo de "As Crónicas do Senhor da Guerra") e principalmente Marion Zimmer Bradley, conceituada escritora da ficção científica com "The Mists of Avalon" (As Brumas de Avalon) ou a "Saga de Avalon", completaram o trabalho mantendo vivo o interesse.
Sem fim à vista, toda a polémica sobre a existência ou não do Rei Artur, continua bem viva: os historiadores, depois duma crítica ao mito, limitam-se a manter uma reserva sobre o assunto; os arqueólogos (e estudiosos) preferem falar de um período sub-romano, definindo assim aquilo que poderia ser o período arturiano: os séculos V e VI. "
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