ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Para refletir!



Do artigo do jornal Público de 5 de Junho de 2010:
"Primeira grande surpresa do relatório anual de Avaliação da Actividade das Comissões de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), que na próxima segunda-feira será apresentado nos Açores: um em cada cinco menores com processo instaurado é estrangeiro.
Segunda grande surpresa: o ano fechou com mais duas mil crianças retiradas às famílias do que em 2008. Mais precisamente, 2724 menores foram encaminhados para instituições (2510) ou para acolhimento familiar (214). Bem mais do que em 2008, ano em que apenas 701 foram forçados a deixar quem não os protegia: 625 para instituições e 75 para famílias de acolhimento.
O volume processual global alcançou o valor mais alto de sempre: 66.896."
(Comentário: um aumento de retiradas de quase 400% num ano!)

Da reportagem do i de 31 de Agosto de 2010:
"Cavaco Silva fez ontem a primeira visita oficial ao Refúgio Aboim Ascensão, em Faro. Reconhece que o modelo de emergência infantil que o centro lançou há 25 anos talvez seja demasiado pesado para as finanças do país.
Historicamente, defende Villas-Boas, “o que temos é este modelo criado há 25 anos e o que o dominou sempre, de internar crianças entre quatro paredes até aos 18 anos”.
A visão de Cavaco Silva contraria o balanço positivo do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, no relatório anual sobre os jovens em instituições de acolhimento divulgado em Abril.
Segundo o último protocolo de cooperação, assinado em 2009 entre a CNIS, a União das Misericórdias Portuguesas e a União das Mutualidades, com um reforço de 12% em relação aos montantes de 2008, prevê a comparticipação financeira de 469,11 euros por utente/mês nos Lares de Crianças Jovens – cerca de 36 milhões de euros por ano quando multiplicado pelas 10 mil crianças no sistema."
(Comentário - um ordenado mínimo por menor institucionalizado! A maior parte das famílias de onde provêm estes menores não terão o mesmo para vários elementos!)
 
De notícia do Público de 6 de Setembro de 2010:
"Nos primeiros oito meses do ano, a Brigada de Investigação e Averiguação de Desaparecidos da Polícia Judiciária recebeu 856 queixas, a maioria das quais (623) relativa a adolescentes com mais de 12 e menos de 18 anos, revelou à Lusa Ramos Caniço, director da Unidade de Informação e de Investigação Criminal.
Ramos Caniço destacou o facto de 478 das participações de adolescentes desaparecidos se referirem a jovens institucionalizados, que desaparecem várias vezes por ano dos centros educativos e citou o caso de um menor que fugiu 27 vezes de um centro."
Comentário: 75% das fugas de jovens provêm de um universo restrito de alguns milhares institucionalizados. Isto será indicativo do grau de satisfação das crianças institucionalizadas?"

De artigo do Diário de Notícias de 12 de Outubro de 2010:
"Só no ano passado, os pais sinalizaram às comissões 2342 situações de filhos em risco."
“Os pais vêm pedir para ficarmos com os miúdos porque sentem que a única solução é o seu acolhimento. Se a criança tem mais de 12 anos e se opõe, o internamento tem de ser decretado pelo tribunal”, acrescenta António Fialho, juiz do Tribunal de Menores do Barreiro. “Estas crianças não praticaram crimes para necessitar de internamento no sistema tutelar educativo mas encontram-se em risco. São causadoras do seu próprio risco. São marginais e os pais pedem ajuda para resolver o problema, entregando-os.”
Comentário: Os pais entregam ao Estado os filhos para este cuidar deles. São estes os verdadeiros filhos de Rousseau?

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