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domingo, 5 de dezembro de 2010

Tapetes (2) - Gabbeh

Em farsi (o idioma da Pérsia), a palavra significa bruto ou natural, ou "em bruto".
Os Gabbeh são os tapetes persas mais conhecidos no mundo.
São tapetes tribais, de origem nómada, originários das tribos Qashqai, tradicionalmente tecidos para uso pessoal, estando muito presente a interpretação artística pessoal do artesão, habitualmente mulher.
Característicamente são muito espessos, atingindo em regra os 2,5 cm de altura e são tecidos numa densidade relativamente baixa, aproximadamente 40 000 - 90 000 nós por m².
Os desenhos são tipicamente geométricos e simbólicos, podendo contar uma história, retratar uma paisagem ou cena, ou mesmo transmitir uma emoção.
É este processo subjetivo e aleatório, em que o artesão transmite a sua história, que torna a Gabbeh uma obra de arte completamente original, distinto de outros tapetes persas e de muitos outros tipos de tecelagem.

Os Gabbeh geralmente são tecidos em teares horizontais, que podem ser montados rápida e facilmente - uma necessidade para os povos nómadas. São manufaturados a partir de lã local e usando tintos vegetais. Os corantes extraídos de plantas nativas e das raízes, são formulados a partir de receitas tradicionais que têm sido desenvolvidos ao longo dos séculos. Casca de romã, casca de noz, de raiz de ruibos e indigo são alguns exemplos de matérias-primas utilizadas. As cores são caracteristicamente vivas - vermelhos, verdes, amarelos, azuis - e irregulares, resultando numa colagem de cores semelhantes, o que dá Gabbeh sua textura rica e sublinha a sua origem nómada inconfundível.
Existem vários tipos de Gabbeh sendo os mais conhecidos o Base e o Kashkoli Gabbeh, caracterizados por uma textura fina e desenhos esparsos, simples e coloridos.

Na apreciação da qualidade de qualquer tapeçaria artesanal, a densidade dos nós, são um parâmetro básico. Pode-se facilmente calcular a densidade contando o número de nós num quadrado de 1 cm de lado (nas traseiras do tapete) e de seguida multiplicar por 10 000 para obter o número de nós por m².
Alguns vendedores de tapetes exageram a densidade de nós, por isso para se assegurar da qualidade do artigo, vale a pena verificar pessoalmente.
Atualmente a maioria dos gabbeh que se encontram no mercado, são de origem Indiana ou Paquistanesa, sendo a principal diferença a qualidade da lã e a utilização, por vezes, de corantes químicos e são geralmente identificáveis pela trama ser em algodão. Embora sejam habitualmente de origem artesanal,  não é de excluir a possibilidade de recurso a métodos industriais na confeção. Os preços dos Indian Gabbeh também são incomparavelmente mais baixos.
Mas mesmo um Persian Gabbeh original, tem um valor acessível quando comparado com outras variedades persas (embora possa ser muito valorizado pela antiguidade e originalidade), pelo que é um tapete adequado para um apreciador que se queira iniciar neste gosto.

2 comentários:

  1. Estou a gostar dessa história dos Tapetes.
    Em Portugal só se fazem em Portalegre e em Beiriz, já que os de Arraiolos não são tapetes, mas bordados.

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  2. os tapetes de arraiolos sao o maximo oh seu estupido capitao

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