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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

As Viagens de Gulliver

File:Gulliver.jpg

Sendo um dos clássicos da literatura, que consta em todas as listas das mais importantes obras de sempre, já está na pilha dos livros a ler há bastante tempo.
Obra de Jonathan Swift, datada de 1726, aparece habitualmente classificada na literatura infanto-juvenil, embora constitua uma mordaz crítica da sociedade inglesa e francesa da época.
Gulliver é um médico, transformado em capitão de navio que vive inacreditáveis aventuras em ambientes inesperados - são ao todo 4 as suas viagens, sendo a primeira à ilha de Lilliput (onde as pessoas mediam à volta de 15cm de altura) e a segunda a Brobdingnag (com habitantes gigantes de 10 metros de estatura), as mais conhecidas.
Este livro que já originou incontáveis sequelas e imitações, gravuras, ilustrações, obras musicais (uma famosa suite de Telemann), já teve um imenso rol de versões para televisão e cinema.

Apareceu agora mais uma versão cinematográfica com o ator Jack Black no lugar de Gulliver..
Versão "infantilizada" da obra, dá uma versão contemporânea da viagem a Lilliput, com uma referência de passagem a Brobdingnag, que parece metida a martelo e amputada de sentido.
Não explorando o lado sociológico do livro, trata-se apenas de um divertimento um pouco bacôco, que nos seus melhores momentos não vai além de nos fazer sorrir.
Depois de Shrek, onde ficou patente no cinema, que uma obra infantil pode ter múltiplos níveis de leitura, tornando-se um produto cultural global, é muito redutor ver uma obra que já tinha tido essa ambição 300 anos antes, reduzida a esta menoridade.


A versão BD, para adultos, de Milo Manara, continua a merecer uma leitura!

3 comentários:

  1. Gulliver é excelente leitura, para diversão e reflexão. Boa escolha pra esse ano!

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  2. Penso ter lido, em tempos que já lá vão, uma referência de Bertrand Russel a este livro, onde ele o dizia um dos livros mais dramáticos alguma vez escritos.
    De facto, tudo depende do ângulo como se olha a realidade.

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  3. Pois, eu fiquei muito interessado na leitura de Milo Manara.

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