ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os anos mais importantes das nossas vidas!



Um estudo aparentemente bem feito, vem provar que o nível de autocontrolo de crianças com 3 e 5 anos está diretamente relacionado com a sua saúde, riqueza e nível de problemas psicossociais, quando adultas.
Trata-se de um estudo que acompanhou durante quase 30 anos, mais de 1000 pessoas, desde a primeira infância até aos 32 anos. Os resultados são inequívocos e confirmam dados anteriores, que excluem as diferenças socioeconómicas, de QI ou genéticas (pela análise comparativa de gémeos), na origem das diferenças alcançadas.

Aparentemente nada de novo, já que existe uma forte convicção científica de que os primeiros 6 anos de vida são particularmente importantes na estruturação do carácter e personalidade de uma pessoa.
Até aos 3 anos de idade, as cerca de 100 biliões de células cerebrais com as quais uma criança nasce, desenvolvem um quatrilião de ligações. O número é o dobro de conexões que um adulto possui. Aos 4 anos, estima-se que a criança tenha atingido metade do seu potencial intelectual.
De acordo com as modernas teorias neurobiológicas pensa-se que o comportamento, as emoções, a forma de pensar e reagir têm um substrato anatomo-fisiológico e que pela idade da entrada da criança na escola, essa estrutura estará praticamente terminada.

Cada minuto gasto com o seu filho(a) nos primeiros 6 anos de vida, enquanto ele está a construir e organizar a sua matriz neurosensitiva, repercute-se exponencialmente ao longo da sua vida.
Será essa provavelmente a melhor herança que lhe poderá deixar!
Porque, como diz um amigo meu, é melhor ser rico e saudável, do que pobre e doente ...

Nos países em que as políticas são orientadas numa base científica, como é o caso dos nórdicos, a infância e particularmente as chamadas primeira (0 aos 3 anos) e segunda (3 aos 6 anos) infâncias, estão no centro da atenção social, económica e política. Isto repercute-se na legislação laboral, fiscal, cultural, isto é, é transversal a todas as áreas de decisão e planeamento público e entendido como uma prioridade nacional.
Os resultados destas políticas são certos, mas demoram uma geração, no mínimo, a serem notórios!
Para os executar são precisos responsáveis que encarem a ciência sériamente e que não estejam à espera de sucesso fácil e rápido.

A vaidade e a necessidade de reconhecimento permanente, são incompatíveis com estas opções!
 Infelizmente, não é com uns Magalhães que a coisa resulta ...

1 comentário:

  1. Obrigado pela lição.
    É engraçado como é frequente que os nossos filhos sejam privados dessa imperiosidade por nos encontrarmos a trabalhar dia e noite, para conquistar um pouco de sol nessas alturas.

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