ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

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terça-feira, 22 de março de 2011

RACIONALIDADE




Será possível um colectivo alargado agir racionalmente?
Isto é, cada um secundarizar o seu interesse particular em prol de uma atitude mais lógica do ponto de vista do grupo e por consequência também mais benéfica para todos!
Ou seremos incapazes de ir para além da lógica democrática - que neste caso contabiliza a soma das objecções individuais, como uma força de bloqueio ao interesse geral!

Almejo uma sociedade em que a racionalidade e o desprendimento individual fosse a orientadora das decisões - mas tenho plena consciência que nunca viverei em tal circunstância.

Para não falarmos sempre da crise que nos assola, tentemos um exemplo mais distante.

Após o terramoto de 1755 e face a toda evidência científica entretanto conhecida - de que Lisboa assenta sobre uma importante falha sísmica e que mais decénio, menos decénio, voltará a sofrer uma inevitável catástrofe - faz algum sentido um país continuar a concentrar os seus recursos económicos, demográficos, organizacionais, nesse local?

A mesma lógica que nos impediu de antecipar e evitar o actual desastre económico (que era previsto pelos economistas e políticos sérios há décadas), leva-nos  a nem equacionar a questão anterior como razoável!
E contudo, um dia a capital voltará a ir abaixo!

Outras coisas que se aprendem com a experiência são, que nem vale a pena ficar perturbado por se ver mais longe que os outros, nem se ganha reconhecimento por se ter razão antes do tempo.

O inconsciente colectivo é em regra irracional, e mesmo quando a questão da sobrevivência se coloca, é pela soma dos medos individuais que surgem alguns comportamentos redentores.
Só que o medo nunca foi bom conselheiro ...

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