ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

- ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? - NÃO, SE PÁRAS, ESTÁS PERDIDO! Goethe



quinta-feira, 16 de junho de 2011

INDÍCIOS PREOCUPANTES

Fotografia: Sala do Conselho de Ministros

Face à percepção da situação catastrófica do país, os portugueses viram-se nas últimas eleições arrastados numa vaga política que deixou pouca margem de opções para a sua escolha.
Na realidade, o povo, o eleitorado, nós todos, mesmo os que não votaram, mais não fizeram que ratificar a que pareceu ser a única saída para a situação desesperada em que nos encontrávamos  e que só foi realmente percebida mesmo na eminência do abismo!
Para os muitos (poucos!) que alertavam há anos para a insustentabilidade das políticas seguidas, fica-lhes a consolação de terem tido razão... só que antes do tempo, o que quer dizer que irão sofrer como os outros, as consequências de todas as imprevidências e dislates praticados!

Concordo que estas eleições foram perdidas e não ganhas, que governar neste contexto não vai ser fácil e que há pouca margem para errar!

O próximo primeiro ministro passa uma imagem de insegurança indisfarçável, mas ao mesmo tempo um ar de bem intencionado e inspira-me um sentimento de protecionismo, quanto mais não seja por o meu futuro depender do resultado da sua acção!
Daí, desde já um conselho - apareça pouco na ribalta, sob pena da sua imagem se tornar insuportável para os portugueses em pouco tempo!
Esqueça, o que já parece ser uma obsessão, a privatização das águas, quanto mais não seja por provir de uma empresa que é parte interessada no assunto, ficando ferido de morte se essa imagem de gestor de interesses de Ângelo Correia, se lhe colar à pele!
Depois, não sei se ainda irei a tempo, faça-se cercar de pessoas com espessura política, moral e social - é que nestes primeiros dias de negociação de políticas e programas, a fauna que pululou pelas redações das televisões, trouxe indícios preocupantes sobre o futuro da nação.
Os "barões", os técnicos reconhecidos que tinham aparecido na fase final da campanha desapareceram e as figuras que dão a cara, parecem saídas da comissão de festas duma associação académica - com um discurso esforçado a pretender transmitir a gravidade das suas funções, mas a soar a burlesco e nitidamente a deixar a sensação de não estarem à altura da situação.
O acordo político divulgado com pompa e sem circunstância é duma vacuidade constrangedora - e o acordo programático estará dependente das opiniões de quem aceitar ser ministro (sic)!?
Nota-se a ausência de Catorga (apesar dos disparates!) e de figuras experientes!

Bom, espera-se ansiosamente o anúncio da constituição do governo, que esperamos venha dissipar estas reservas!
Se for escolhido dentre o lote de jovens promissores que temos vindo a conhecer, estamos fritos!

Sem comentários:

Enviar um comentário