"O Rei Artur é uma figura lendária Britânica que, de acordo com histórias medievais e romances, teria comandado a defesa contra os invasores Saxões chegados à Grã-Bretanha (ou Bretanha como era conhecida na época) no início do século VI. Os detalhes da sua história são compostos principalmente por folclore e literatura, a sua existência histórica, devido à escassez de antecedentes históricos ou por estes serem retratados em várias fontes, é debatida e contestada por historiadores modernos.
A lenda do rei Artur ganha interesse através da popularidade do livro de Geoffrey Monmouth "Historia Regum Britanniae" (História dos Reis Britânicos) embora, o seu nome, tenha surgido em poemas e contos de Gales e da Bretanha, publicados antes deste livro. Neles, Artur surge com um grande guerreiro que defende a Bretanha dos homens e inimigos sobrenaturais e, portanto, associado com o Outro Mundo. Geoffrey descreve o rei Artur como sendo um rei da Bretanha que venceu os Saxões e estabeleceu um Império composto pela Bretanha, Irlanda, Islândia e Noruega.
Na realidade muitos elementos e acontecimentos que fazem parte da história de Artur aparecem no livro de Geoffrey, incluindo Uther Pendragon, pai de Artur, o mágico Merlin, a espada Excalibur, o nascimento de Artur no castelo de Tintagel, Camelot, a sua batalha final em Camlann contra Mordred, e a ilha de Avalon.
A origem do rei Artur tem sido grandemente debatida pelos historiadores e estudiosos. Alguns acreditam que ele é baseado nalguma personagem histórica, provavelmente um chefe guerreiro da Bretanha que tenha vivido entre a Antiguidade Tardia e o inicio da Idade Média, donde terão sido criadas as lendas que hoje conhecemos. Outros acreditam que Artur é pura invenção mitológica, sem nenhuma relação com qualquer personagem real.
Em finais do século V, Ambrosius Aurelianus, um romano da Bretanha, consegue derrotar os Saxões na famosa batalha de Mons Badicus. Entretanto a situação inverte-se e os reinos celtas da Bretanha ficam reduzidos à Cornualha e a Gales.
No século VIII, Nennius, um Bretão, fala dos feitos de um comandante militar de nome Artur, que teria vencido 12 batalhas contra os Saxões. Mas, segundo os historiadores, Nennius tinha uma tendência de preencher lacunas com factos por ele inventados. Ele poderia muito bem ter embelezado a narrativa conforme as necessidades. Não foi ele, no entanto, o primeiro a referir o nome de Artur, já que baladas galesas do século VII, falavam num rei aventureiro do norte da Bretanha, que enfrentava seres fantásticos e corrigia injustiças.
No século VIII, Nennius, um Bretão, fala dos feitos de um comandante militar de nome Artur, que teria vencido 12 batalhas contra os Saxões. Mas, segundo os historiadores, Nennius tinha uma tendência de preencher lacunas com factos por ele inventados. Ele poderia muito bem ter embelezado a narrativa conforme as necessidades. Não foi ele, no entanto, o primeiro a referir o nome de Artur, já que baladas galesas do século VII, falavam num rei aventureiro do norte da Bretanha, que enfrentava seres fantásticos e corrigia injustiças.
Nos finais do século XII, Chrétien de Troyes, escritor francês, escreve contos sobre as aventuras do Rei Artur, Sir Lancelot, Guinevere, o Santo Graal, Percival, Gawain, etc. Ao apoiar-se nos mitos populares, deu-lhes o seu cunho pessoal e iniciou o género de romance arturiano que se tornou numa importante vertente da literatura medieval. Artur e as suas personagens eram muito populares na época e as histórias a partir da Bretanha, tinham-se espalhado por outros países. Salientam-se aqui algumas obras pela importância que tiveram para o nascimento do mito: O ciclo da "Vulgata" francesa (também conhecida como Matéria da Bretanha), "Parzival" de Wolfram von Eschenbach, "La Mort d'Arthur" (A Morte de Artur) de Thomas Mallory.
O romantismo do século XIX fez renascer o interesse pelo tema (inclusive autores americanos como Mark Twain com o seu "Um Americano na Corte do Rei Artur" homenageiam o género).
No século XX, autores como Stephen Lawhead ( O ciclo Pendragon), Bernard Cornwell (O ciclo de "As Crónicas do Senhor da Guerra") e principalmente Marion Zimmer Bradley, conceituada escritora da ficção científica com "The Mists of Avalon" (As Brumas de Avalon) ou a "Saga de Avalon", completaram o trabalho mantendo vivo o interesse.
O romantismo do século XIX fez renascer o interesse pelo tema (inclusive autores americanos como Mark Twain com o seu "Um Americano na Corte do Rei Artur" homenageiam o género).
No século XX, autores como Stephen Lawhead ( O ciclo Pendragon), Bernard Cornwell (O ciclo de "As Crónicas do Senhor da Guerra") e principalmente Marion Zimmer Bradley, conceituada escritora da ficção científica com "The Mists of Avalon" (As Brumas de Avalon) ou a "Saga de Avalon", completaram o trabalho mantendo vivo o interesse.
Sem fim à vista, toda a polémica sobre a existência ou não do Rei Artur, continua bem viva: os historiadores, depois duma crítica ao mito, limitam-se a manter uma reserva sobre o assunto; os arqueólogos (e estudiosos) preferem falar de um período sub-romano, definindo assim aquilo que poderia ser o período arturiano: os séculos V e VI. "
Em relação ao Rei Artur e companhia eu fico-me pelo magnífico Monty Python and the Holy Grail.
ResponderEliminarA história do Mark Twain(Um americano na corte do rei Artur) é o início de um estilo de humor que desagua um século depois nos Monty Python.
ResponderEliminarComo é o livro que estou a terminar esta tarde, depois avançarei um comentário a propósito, mas foi esse tipo de humor meio non sense, incoerente (no sentido em que não se preocupa a pôr um telefone na Bretanha do secVI) que me lembrou sempre um estilo (re)iniciado com MP e que tantos seguidores tem hoje em dia.
Em relação ao livro que também li e discuti ao redor de uma mesa e acompanhado de um belíssimo jantar, devo dizer que gostei muito do humor. À medida que ia lendo fui partilhando a história oralmente com o meu filho de 10 anos que diariamente queria saber mais...
ResponderEliminarA predisposição para acreditar em tudo sem se questionar, para aceitar as normas impostas com resignação... foram motivo de preocupação porque afinal neste século ainda temos um povo com estas características...
bjs
rita
ps. já agora... vejo que a periodicidade com que escreves tem vindo a diminuir. não desistas. é sempre um prazer ler e reflectir sobre o que escreves