ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

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terça-feira, 19 de julho de 2011

Tiro ao Álvaro!

CapaÁlvaro Santos Pereira economista e professor no Canadá

O novo ministro da economia, transportes, energia e trabalho, é para a generalidade dos portugueses um desconhecido.
Depois do episódio inicial - "não me chamem ministro, chamem-me Álvaro", parece ter-se eclipsado da cena pública, mas deixou-me uma ponta de curiosidade em conhecê-lo melhor naquilo que parecia ser um misto de ingenuidade, inexperiência e euforia do poder!
Vai daí, depois de umas visitas ao seu blogue, comprei dois livros da sua autoria, um mais técnico - "O medo do insucesso nacional", outro do domínio do "ensaio filosófico" - "Diário de um Deus Criacionista".
Já vira referenciado esse particular do seu curriculum, por inúmeros comentadores, que seguramente não viram nem leram as obras - as edições são de 3000 exemplares e estão a ser vendidas a peso pelo editor. (É aliás uma tendência pós-moderna preocupante, de que o que conta é o ter publicado - tantos artigos, tantos livros, e não a natureza do que lá está!)

O Diário de um Deus Criacionista, publicado em 2007, numa altura em que o seu autor já tinha 35 anos e um doutoramento em economia, é um livro inquietante.
Não se percebe como alguém, já passada a conturbação hormonal da adolescência, é capaz de escrever aquele texto e além disso considerar que se tratava de matéria publicável.
Pondo-se no lugar de um Deus, seguramente consumidor de psicotrópicos, imagina-se como Criador de um Universo paralelo delirante, brindando-nos com pérolas inclassificáveis, como 3 páginas inteiras de designações para os dinossauros que imaginou, frases do tipo     mmmuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitttttttttttttttttttttoooooooo iiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnnnnnntttttttttttttttttttteeeeeeeeeeeeee eeerrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrreeeeeeeeeeeeeeeeeessssssssssssssssssssaaaaaaaaaaaannnnnteeeeeeeeee", a ocupar 3 linhas de texto com duas palavras inchadas e outros delírios de escrita e grafia que não se imaginariam fora de um diário adolescente.
De repente, o que tinha sido uma incipiente simpatia pelo personagem, transformou-se numa preocupação e um alerta para a necessidade de monitorização apertada, para alguém que ocupa atualmente um dos lugares chaves para o futuro do país.
O contexto fez-me recordar uma entrevista da mãe de José Sócrates a Herman José, num dia da mãe, numa altura em que o filho era há pouco tempo ministro do ambiente e em que expondo publicamente uma personalidade muito perturbada, anunciava ao país que o seu filho era um ministro de Geová, como ela, e que o seu Zé ia mudar Portugal - o que de facto aconteceu! (Curiosamente esta entrevista deve ter sido removida dos arquivos da RTP, pois nunca a consegui reencontrar!)
Os menos de 3000 portugueses que tiverem acesso a este livro, têm a obrigação moral de alertar o país para o risco em que está - depois não digam que não foram avisados!
(Lembram-se do último ministro da economia que saiu do Governo a fazer corninhos ...?)

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