ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

- ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? - NÃO, SE PÁRAS, ESTÁS PERDIDO! Goethe



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O sofrimento enquanto prazer!



Ouvia ontem na Sicn a Isabel Jonet, pessoa concerteza de grande valor(sem ironia!) e dei-me conta da essência dum discurso de culpa e autoflagelação que começa a impôr-se por aí!
Dizia com óbvia satisfação, que agora os portugueses terão mesmo que fazer vida de Franciscanos, pois somos pobres e temos que viver como tal! O que me chocou, não foi naturalmente a asserção, que infelizmente é verdadeira e cada vez mais óbvia para todos. Incomodou-me sim o ar triunfal com que o disse, expressando prazer, por ver finalmente todos os portugueses condenados a futuros utentes do seu banco da fome!
Ainda me arrepiei mais quando deu o exemplo dos seus filhos, uns desregrados consumidores, que lavam os dentes com a torneira sempre aberta, ao contrário dela que só abre no princípio ou no fim. Oh D. Isabel, e se passasse menos tempo com os seus pobrezinhos e perdesse algum do seu precioso tempo a educar os seus filhos!
Depois o conselho infeliz aos jovens (aos seus filhos?), que deviam deixar de frequentar concertos de rock, para guardar o dinheiro para um Rx quando caíssem na escola (! ).
Querer ser feliz não é pecado! A mortificação calvinista que anda por aí, também faz parte do programa da troika?
Foi pena a Ana Lourenço sempre tão acutilante, não ter pedido à Isabel para mostrar em direto o cilício que seguramente trazia à cintura!

5 comentários:

  1. Muit bom, maz roubou-me o texto que ia escrever. Está tudo dito aqui.
    Obviamente, também vi.
    Penso que ela se está a fazer a um lugar na política, mas ser-lhe-ia mais fácil se se mantivesse caladinha.

    ResponderEliminar
  2. Eu não gosto dessa de "fazer vida de franciscano", mas há um quêm em mim que (sem negar o prazer) eleva os "estóicos".
    Há que procurar um novo equilíbrio que passe por menor consumo de bens transacionáveis, aumentando o consumo dos não transacionáveis, mas isso nada tem a ver com desconfortos, fome ou miséria, que parece ser aquilo para onde nos querem empurrar

    ResponderEliminar
  3. Aos meus dois comentadores mais assíduos, obrigado pois reconforta sempre, saber-se ouvido!
    Capitão: Eu advogo um maior consumo de bens transáveis (tendencialmente gratuitos!)
    E pessoalmente até sou meio franciscano - mas isso é opção minha!
    Quanto à sugestão que me dá a Maria de Jesus de estar caladinha, fez-me pensar quanto melhor seria a vida se os políticos fossem mudos! E já agora os futebolistas também!
    Abraços!

    ResponderEliminar
  4. O cilício não é usado na coxa?

    ResponderEliminar
  5. Isabel Jonet exprimiu uma opinião, com que se pode concordar ou discordar. Isabel Jonet fez e faz um trabalho fantástico no banco alimentar, ao qual se dedica de forma voluntária mas profissional.

    Isabel deve merecer o nosso respeito. Ninguém é perfeito, mas Isabel é bem mais perfeita do que muitos outros.

    ResponderEliminar