O Clube de Leitura que aparece referido na banda direita desta página, é uma iniciativa que consiste em ter um livro à leitura, cada quatro semanas.
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O romance "Os filhos da meia noite", publicado originalmente em 1980, ganhou no ano seguinte o conceituado prémio de literatura em línga inglesa "Booker Prize". Em 1993, foi premiado com o título "Booker of Bookers Prize", conferido ao melhor livro publicado nos primeiros vinte e cinco anos deste prémio, tendo reeditado em 2008 o galardão, de Booker dos primeiros 40 anos.
A história da Índia moderna, a partir de sua independência em 15 agosto de 1947, é a base do romance de Salman Rushdie que utiliza como fio condutor a troca de dois bebés, um de família hindu e outro de origem muçulmana, nascidos exatamente à meia-noite. Uma das crianças, Salim Sinai, o hindu pobre criado por engano numa rica família muçulmana, é o narrador do romance.
A trajetória de Salim Sinai começa, para ser exato, em Caxemira durante a primavera de 1915 quando seu avô, o jovem e recém-diplomado dr. Aadam Aziz, bate com o nariz em um montículo de terra endurecida pela neve durante as suas orações: "Três gotas de sangue saltaram de sua narina esquerda, endureceram instantaneamente no ar gelado e caíram, diante de seus olhos, transformadas em rubis, sobre o tapete de oração. Jogando o corpo para trás, até ficar com a cabeça novamente ereta, ele percebeu que as lágrimas que lhe haviam surgido nos olhos também tinham se solidificado; e naquele momento, enquanto desdenhosamente afastava os diamantes dos cílios, ele decidiu que nunca mais voltaria a beijar a terra por nenhum deus ou homem. Essa resolução, criou um buraco dentro dele, um vazio numa câmara vital interna, deixando-o vulnerável às mulheres e à história."
O romance "Os filhos da meia-noite", de Salman Rushdie, sobre a independência da Índia, está ser adaptado para cinema pela realizadora Deepa Mehta.
O argumento é escrito pelo próprio Rushdie em colaboração com a realizadora, nascida na Índia e naturalizada canadiana.
Ando há vários anos para ler Salman Rushdie, e esta passagem que cita aumentou-me a curiosidade. O meu pai tinha-o em boa quantidade lá em casa, e cedo me aconselhou a leitura. Mas não sei, o meu pai tem todo o Eça, mas também tem todo o Rodirgues dos Santos. Não sei, sou muito desconfiado no que à literatura diz respeito
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