ESTOU PERDIDO, DEVO PARAR? NÃO SE PÁRAS ESTÁS PERDIDO! Goethe

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Tapetes


Ao ler recentemente uma entrevista de Luís Portela, líder da Bial, ao Expresso, fui surpreendido pela sua crença na reincarnação.

(Clara Ferreira Alves: O que acha que lhe vai acontecer quando morrer?
Luís Portela: Estou no mundo-escola e parece-me primitivo entender que numa única passagem pela terra vou tudo aprender.
Parece-me que não, parece-me que estou numa de múltiplas passagens.
Acredito profundamente que existe algo além da vida física e que existem vidas sucessivas.
Como também me parece limitativo pensar que a terra é o único planeta habitado.)

Eu que há muito brincava que devia ter sido comerciante de tapetes numa existência anterior, vou tentar colmatar a partir daqui a minha ignorância sobre o assunto, que mesmo que já não me venha a ser útil nesta vida, poderá ajudar numa futura ...

O tapete que ilustra estas notas, o mais antigo de que há conhecimento, foi encontrado numa escavação arqueológica, em 1949, entre o gelo do vale Pazyryk, no túmulo de um príncipe cita, nas Montanhas Altai, na Sibéria.
Testes com carbono-14 indicaram que o tapete Pazyryk foi tecido no século V a.C.. Este tapete tem 2,83 por 2,00 metros e tem 36 nós simétricos por cm².
A avançada técnica de tecelagem usada no tapete Pazyryk indica uma longa história de evolução e de experiências nesta arte. A sua área central é de cor vermelho escuro e tem duas grandes bordas, uma representando um veado e a outra um cavaleiro persa.
Acredita-se que o tapete de Pazyryk não seja um artesanato nómada, mas sim um produto de um centro de produção de tapetes aquemênidas na Pérsia.

Começo assim pelo princípio, 2500 anos atrás, mas prometo voltar regularmente aos tapetes. Mesmo que nunca tenha sido um mercador persa, da próxima vez que regatear um preço, seja nas bordas do Sahra, em Cachemira ou Karachi, sempre saberei melhor do que estou a falar!

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