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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

(6) Tapetes Nacionais - Beiriz



Há poucos tapetes de origem portuguesa, sendo o de Beiriz um dos dos mais conhecidos.
A história do tapete de Beiriz remonta a um passado relativamente recente.
Data do 1º quartel deste século e foi ideia de Hilda d Almeida Brandão Rodrigues Miranda, nascida em 1892 na cidade da Baía e falecida em 1949, em Beiriz (Póvoa de Varzim), onde constituiu, primeiro, uma pequena oficina e depois uma "fábrica" em conjunto com uma ajudante, Rita Conceição Campos. Começaram, assim, a produção de tapeçarias que enriqueceram com o ponto por elas inventado, o "nó de Beiriz", que se tornaria famoso. São tapetes tradicionalmente em lã, feitos artesanalmente em teares de madeira.
Após a morte da fundadora o fabrico manteve-se em mão de familiares mas a fábrica viria a falir em 1974.

Graças à perseverança do casal José Ferreira / Heidi Hannamann Ferreira, em 1988 recomeçou a produção de tapetes de Beiriz, tendo-se recrutado as artesãs da antiga fábrica.
Evitou-se, assim, o desaparecimento desta técnica, o que representaria uma perda inestimável para o artesanato local e nacional.
Na nova manufatura foram introduzidas a seda e o algodão como matérias primas, incorporaram-se novas técnicas, como o tufado e desenhos contemporâneos.
Os preços de produção variam entre os 160 e os 250 euros/m2, dirigindo-se sobretudo ao mercado institucional, estando entre os clientes o Tribunal Internacional de Haia, a Câmara do Porto e o Teatro de S. Carlos.
No recente restauro do Hotel Vidago Palace, a imponente escadaria da entrada foi atepetada com Beiriz, tendo-se recorrido a desenhos antigos do arquivo da fábrica, para a sua elaboração.

2 comentários:

  1. Em minha casa há três tapetes de Beiriz!

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  2. Soube que o tapete do salão de jantar de Vidago, custou em 2010, 70 000 Euros! A sala é grande (70x12), mas o tepete não a cobre totalmente!

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